rua-direita rua-direita publicou: Chichén Itza - A Serpente Emplumada desce à terra
Chichén Itza é uma cidade arqueológica maia, localizada na península do Yucatán, no México. É a mais famosa de todas as cidades Maias, tendo sido o centro político e económico desta civilização. A cidade era composta por esplêndidos edifícios, numerosas casas senhoriais, jardins submersos, terraços e templos.

De todas as muitas construções interessantes a mais importante e impotente e aquela que mais se destaca, era sem dúvida a Pirâmide de Kukulcán, actualmente considerada uma das sete novas maravilhas do Mundo.

Esta pirâmide fazia culto ao Deus Kukulcán, a “Serpente Emplumada” e foi construída como uma espécie de calendário, demonstrando que os Maias possuíam elevados conhecimentos de matemática, astronomia e geometria. Este povo observou com detalhe o comportamento das estações, a trajectória do sol e das estrelas, e tê-los-iam registado na construção deste templo. A própria pirâmide seria uma estrutura através da qual os maias se orientavam no tempo.

Os Maias utilizavam um calendário solar, o Habb, com 18 meses de 20 dias cada um, mais um período de 5 dias, considerado desfavorável.
Assim, o calendário era composto por 365 dias. Tinham ainda um outro calendáriosagrado, o Tzolkin, com 13 meses de 20 dias cada um, composto assim por 260 dias. Estes dois calendários eram combinados num calendário circular que equivalia a um ciclo de 52 anos, o que significava que os números, os dias e os meses só se repetiam a cada 52 anos.

Alguns destes números estão representados na pirâmide. Por exemplo, ela possui 4 escadarias, cada uma delas com 91 degraus. Se estes números forem multiplicados, obtém-se o número 364. Se a ele for somado o patamar superior do templo, comum a todas as escadarias, surge o número de dias do Habb, 365. A pirâmide possui ainda 9 patamares, divididos ao meio pelas escadarias. Assim, se multiplicarmos estes números obtemos o resultado de 18, correspondente ao número de meses do Habb. A fachada da pirâmide tem 52 painéis, como indicativo do ciclo de 52 anos do calendário circular. No templo superior da pirâmide, existem 5 ameias em cada fachada, o que dá um total de 20, o número de dias de cada mês do Habb e do Tzolkin.

Mas a pirâmide é famosa devido ao fenómeno solar que nela ocorre nos equinócios da Primavera (21 de Março) e de Outono (21 de Setembro). Nestes dias, a uma determinada hora, à medida que o sol se movimenta, a sua sombra projectada nas laterais de uma das escadarias da pirâmide, formam o corpo de uma serpente, que se desloca até tocar na cabeça da serpente emplumada que se encontra na base da escadaria norte.

O número de visitantes por altura dos equinócios aumenta de 5 para 13 mil, tamanha é a curiosidade das pessoas em presenciar o fenómeno. No meio de toda a multidão que ali se reúne para assistir à descida da serpente emplumada dos céus à terra, é possível encontrar pessoas de todos os credos e culturas.