rua-direita rua-direita publicou: A moda dos sapatos de plástico
Havaianas, sabrinas, crocs e muitos, muitos outros tipos de sapatos começaram a ser produzidos (em quantidade) em plástico há cerca de quarenta anos. A maleabilidade e baixo custo do calçado de plástico tornou-o extremamente atrativo até aos dias de hoje, tendo a sua procura vindo a crescer gradualmente ao longo dos anos, nomeadamente no Brasil, onde grande camada da população enfrenta maiores dificuldades financeiras.

Mas não se pense que os sapatos de plástico se destinam exclusivamente a pessoas com menores recursos financeiros. Hoje o seu uso encontra-se democratizado e, ricos ou pobres, todos gostam de calçar as suas práticas havaianas para uma ida à praia, ou, simplesmente para andar por casa. Existem-nas de variados tipos, desde as clássicas (mais simples) às mais sofisticadas (com brilhantes e outros acessórios) e a sua origem situa-se em 1962, quando uma fábrica brasileira, a São Paulo Alpargatas, decidiu investir num modelo inovador. A produção revelou-se um sucesso estrondoso e a moda correu o mundo inteiro.

Por sua vez, as sabrinas são sapatos igualmente muito práticos, mas de uso exclusivo para o sexo feminino. Assemelham-se a sapatos de ballet, não têm saltos, são extremamente flexíveis e alguns modelos possuem mesmo um elástico ao longo do decote do sapato, de forma a maximizar a sua adaptabilidade. Estes elegantes sapatinhos (mesmo em plástico) existem em cores variadas e, o último grito é o rendado do plástico. A sua inspiração vem dos anos 50/60, em que danças específicas como o twist ou o ié-ié exigiam calçado que deslizasse bem. Recomenda-se o seu uso com mini-saia.

Os crocs, por seu turno, surgiram muito mais recentemente, em 2002, pela mão de um fabricante canadiano, George Boedecker Jr. O seu conceito associa-se ao conforto e bem-estar dos pés, pernas e coluna vertebral dos seus utilizadores, se bem que o seu uso se tenha vindo a restringir e a associar mais a determinados grupos profissionais, como os enfermeiros e médicos, que passam muito tempo de pé. Ao contrário do restante calçado de plástico, estes crocs são feitos de um material (croslite) especificamente orientado para a prevenção do surgimento de fungos e bactérias nos pés e conseguem evitar a transpiração dos mesmos. Não obstante, o modelo tem vindo a ser fortemente criticado e existe mesmo um site na internet que tem como objetivo eliminar os crocs da face da Terra, por serem «feios». Gostos à parte, o que é certo é que este confortável e ergonómico sapatinho reduz a fadiga muscular, é antiderrapante, antimicrobial, leve e reciclável.

Não se esqueça, porém, de que a maioria dos atraentes sapatinhos de plástico, por si só, podem provocar o aparecimento de micoses e de bolhas, pelo que deve evitar caminhar muito tempo com os mesmos e proceder a lavagens frequentes dos sapatos com água e sabão, deixando-os a secar ao sol, de preferência.

Boas caminhadas!