
Os serviços de construção são dos mais bem pagos no âmbito dos empregos que não exigem qualificações académicas. Ainda assim, há muitos trabalhadores que não querem dar o corpo ao manifesto e quase hibernam nas obras durante o horário laboral… Parece que detêm um qualquer dispositivo que se activa automaticamente à chegada ao local da sua actividade. Se antigamente, quando as tarefas ligadas ao sector da construção eram pesadíssimas, as pessoas não tinham medo do trabalho (e a prova viva encontra-se nos edifícios que persistem ainda de pé volvidos séculos!), porque é que agora, que os préstimos mais árduos são cumpridos com o auxílio de máquinas, que existem ferramentas e apetrechos para resolver tudo e mais alguma coisa, a malta se deita tanto “à sombra da bananeira”? A preguiça é mesmo um vício: quanto menos se faz, menos se quer fazer…
Felizmente, há também muito boa gente a “dar o litro” e a merecer o que aufere ao fim do mês. Trata-se de indivíduos diligentes, dedicados, esforçados e, normalmente, dotados para as funções que exercem. Sim, porque se o talento não for coadjuvado pelo empenho, de nada servirá. No caso destes prestáveis servidores, o produto da sua labuta diária falará por si.
Na realidade, em todas as empresas se podem encontrar colaboradores com perfis bastante distintos e até antagónicos. Há aqueles que não revelam paixão, e em abono da verdade, nem qualquer outro estímulo ou determinação para realizar as suas incumbências, pelo que, regra geral, não as chegam a terminar. Pretendem apenas que passem o mais rapidamente possível as horas de obrigatória permanência, que tentam preencher com cigarros, cafés, conversas (geralmente de “chacha”) e outras escapatórias viáveis. Não criam coisa nenhuma, não revelam nenhum espírito de iniciativa e buscam estratégias somente no sentido da fuga às responsabilidades.
Paralelamente, existem bons executores, que cumprem à risca aquilo para que foram orientados, mas que, por falta de aptidão, subaproveitamento da entidade patronal ou mera equiparação aos colegas, não vão além dos mínimos exigidos.
Afortunadamente para as organizações, aparecem sempre outros que exalam ambição e vontade de subir, tanto nas competências, como na vida. São esses que funcionam com exemplo e “pontas de lança” para os demais. Nesta perspectiva, procuram constantemente a própria evolução, apresentando mais e melhor labor, com resultados que a todos beneficiam. Não manifestam qualquer vocação para a “ronha”, nem são simples “paus-mandados”. Naturalmente, constituirão um alvo preferencial da inveja e da crítica de ociosos mal formados, mas o que importa? «Quem não deve não teme.» E a inveja não constrói! Pelo menos, nada de bom nem de útil…