
Nos tempos que se vivem, de profunda instabilidade, alterações consideráveis na ordem pública, em termos do que se concebia como paz social, degradação económica, proliferação de doenças e tantas outras volubilidades, há cada vez mais pessoas a desejarem acautelar alguma eventualidade através de um seguro de vida. Se um indivíduo faz um seguro para o carro, para a casa, para um estabelecimento comercial, para as jóias, por que não incluir-se na “matéria” a segurar? Afinal, ele é quem se “paga” duramente com o próprio trabalho, certo? Para além de que integra, a par da família, a mais preciosa colecção de riquezas, sem preço nem reposição possível!
Assim sendo, e por precaução (esperando que nunca seja necessário reivindicar o montante aplicado no acordo), o objectivo é reunir condições para resolver algum problema ou imprevisto com tranquilidade e sem comprometer as finanças dos vários anos subsequentes. Dizem as estatísticas que, ante a perda do arrimo financeiro do lar, a reestruturação demora, em média, sessenta meses, isto é, cinco anos, podendo, em alguns casos, a retoma tardar bastante mais. Naturalmente que não se trata somente do desgaste monetário, embora este seja o mais evidente desde os primeiros momentos.
Apesar de as Seguradoras serem obrigadas, por lei, a atender os seus associados em quaisquer circunstâncias, algumas delas lançam mão de tudo o que está ao seu alcance para dificultar as coisas, provavelmente na esperança de que o tomador desista. Tal postura revela uma total ausência de seriedade e de ética, manifestando, inclusive, uma inaceitável falta de respeito perante a desventura alheia. Efectivamente, um seguro só é activado quando algo de funesto acontece.
O melhor, quando se pretende fazer um seguro, é estudar um pouco as ofertas versus cláusulas, inteirar-se do profissionalismo e probidade de cada instituição. Há sempre quem fale da sua experiência pessoal com esta ou aquela entidade, pelo que será aconselhável ficar alerta, para não se “embarcar” num seguro esclerosado, que morre sem cumprir o propósito para que foi criado. Não obstante a objectividade dos codicilos, a explicação aparenta, muitas vezes, ser subjectiva e não coincidir com aquilo que foi publicitado e esclarecido na altura em que o contrato foi firmado. Portanto, é bom averiguar a que tipo de garantias se agarra, não vá acontecer ficar seguro por um arame, como se verifica com algumas viaturas ao serviço das forças policiais, em que só este expediente impede o condutor do automóvel de sair disparado ao mais pequeno solavanco…