
A síndrome pré-menstrual (ou TPM – Tensão Pré-Menstrual) consiste num misto de sintomas físicos, psicológicos, sociais e comportamentais que têm lugar na segunda metade do ciclo menstrual, cuja intensidade é passível de interferir com a vida normal da mulher.
Alguns destes sintomas (que podem ultrapassar os 120!) são: desconforto abdominal, fadiga, dores de cabeça, irritabilidade/nervosismo, depressão (com hipotéticos distúrbios do sono e sensação de inutilidade), aumento do apetite, esquecimento e dificuldade de concentração, acne, hipersensibilidade aos estímulos, raiva, choro fácil, acessos de calor, palpitações, tonturas, variações de humor, ansiedade (com sentimentos de hostilidade), mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade mamária), retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas), avidez por certos alimentos (como chocolates, doces e comidas salgadas), desânimo, agressividade, cólicas. A sintomatologia tende a engrandecer-se se nesta fase a mulher se deparar com problemas pessoais.
No diagnóstico da TPM há que fazer um controlo objectivo dos ciclos menstruais, a fim de excluir outros transtornos, como o hiper ou hipotiroidismo, a fadiga crónica, a enxaqueca, a síndrome do intestino irritável ou mesmo o agravamento de patologias do foro psiquiátrico.
A TPM possui vários graus, desde uma suave até uma grave manifestação, podendo o período de duração ir de três a dez dias, conforme a pessoa, acentuando-se mais entre os 25 e os 35 anos.
O tratamento da síndrome pré-menstrual depende da severidade dos sintomas (que podem ser diferentes em cada ciclo) e é susceptível de integrar mudanças alimentares, de comportamento e tratamentos farmacológicos. Algumas medidas preventivas apontam para a redução de sal, açúcar, gordura e cafeína (café, chá, colas, …), a repartição das refeições, uma dieta com bastante cálcio (optando por lácteos magros) e magnésio (espinafres), a limitação de bebidas alcoólicas, a decisão de deixar de fumar, a prática de exercício físico regular (20 minutos de aeróbicos, três vezes por semana) e a gestão do stress. Descansar e recorrer a técnicas de relaxamento, como o yoga, também se revelam úteis.
A automedicação JAMAIS é solução! Só o médico pode alvitrar o melhor caminho para solucionar a TPM. Normalmente, tentam-se formas ligeiras e não agressivas de cura, que podem passar por terapias como a homeopatia, acupunctura ou a pílula anti-concepcional. O domínio psicológico é, contudo, o mais importante de tratar, uma vez que a mulher fica mais sensível, insegura, instável, ciumenta, revoltada, melancólica, afectivamente carente, medrosa, fantasiosa. A terapia através da hipnose tem conseguido resultados espantosos, e sem recurso a medicamentos, capazes de causar dependência química ou efeitos colaterais.
A incapacidade de se concentrar no decorrer da síndrome pré-menstrual pode conduzir a consequências ruinosas: acidentes domésticos, de carro, redução da produtividade no trabalho e nos estudos, … Por outro lado, a incompreensão dos maridos e a respectiva falta de paciência quando a mulher entra na síndrome pré-menstrual estão na origem de muitos divórcios.
Não existe, por enquanto, uma forma de resolver, total e definitivamente, o problema da TPM. Não obstante, se uma mulher que sofre de TPM grave não procurar ajuda profissional, arrisca-se a embarcar em situações tão profundas e envolventes, que pode muito bem cometer suicídio ou homicídio quase sem dar por isso!