rua-direita rua-direita publicou: Quebre a pedra.. nos rins!
A litíase renal, vulgo pedra nos rins, representa um problema que poderá vir a afetar cerca de 12% da população mundial. A formação de cálculos (pedras) nos rins é descrita e registada desde tempos imemoriais por médicos que, há cerca de 4000 anos antes de Cristo, já referiam episódios da grave afeção. Durante o século XX, e após o período de depressão económica que se sucedeu à Segunda Guerra Mundial – em que alimentos como carne ou peixe se encontravam racionados –, o número de casos desceu consideravelmente, constatação que parece apontar para uma relação direta do número menor de casos com um menor consumo proteico.

A litíase pode ter origem em diversos fatores, como o sexo (os homens são mais afetados), a raça (a população branca regista maior incidência destes casos), a idade (o problema surge com maior frequência na terceira ou na quarta década de vida), alterações metabólicas, presença de infeções urinárias e tipo de alimentação (o consumo excessivo de sal, cálcio, proteínas e bebidas gaseificadas parece contribuir decisivamente para um aumento dos casos).

Os sintomas incluem cólicas que podem variar de intensidade, entre o quase impercetível e dores agudas fortíssimas, que têm início na região lombar e que gradualmente se propagam até à zona ilíaca; pode também ocorrer hematúria (presença de sangue na urina), bem como vómitos, náuseas e agitação (normalmente associadas à violência das cólicas). O diagnósttico correto deverá ser efeito com recurso a exames de radiodiagnóstico (um RX), a ecografias abdominais e à análise direta da urina. A doença deve ser tratada rapidamente, sob pena de, em casos mais severos, provocar obstrução urinária e pedra consequente do rim.

Para evitar maiores probabilidades da incidência desta doença, deve-se ingerir muita água (2-3 litros), evitar comer-se carne vermelha (cujo teor proteico é dos mais elevados), tomar-se chás específicos (como o célebre quebra-pedra) – apenas em casos já diagnosticados e evitar o consumo de sal e de bebidas gaseificadas.

Quando a doença já se declarou, o seu médico poderá optar, consoante a especificidade do seu caso, por iniciar um tratamento tendo por base a aplicação de ondas eletromagnéticas (método não invasivo que fragmenta a pedra através de ondas que se concentram em torno do rim afetado) ou de raios laser (método apenas utilizado quando os doentes apresentam outras complicações de saúde, como a hipertensão arterial), ou, ainda, uma cirurgia convencional, em que o médico remove completa e diretamente a pedra.

Já sabe: se nunca «experimentou» uma crise, não espere para ver como é. Previna-se, seguindo, acima de tudo, uma alimentação saudável e bem regada (com água, de preferência)!