
O cancro da pele, embora não tão badalado como outros, é o tipo de cancro mais frequente nas pessoas de raça branca (caucásica), sendo a exposição ao sol apontada como a principal causa do desenvolvimento desta patologia (em cerca de 90 por cento das ocorrências).
Apesar de o cancro da pele não ser uma exclusividade do Verão (até porque o frio também tem os seus efeitos perniciosos), nesta altura insiste-se mais na prevenção, pois a informação é a arma mais eficaz para lutar contra um “inimigo silencioso” que pode demorar muitos anos a manifestar-se.
O basalioma, ou carcinoma baso-celular, é o género de cancro da pele mais comum. Afecta mormente indivíduos de tez clara, com exposição habitual ao sol: agricultores, operários da construção civil, pescadores, etcétera, sendo que são precisamente as zonas mais expostas (rosto, pescoço e dorso) os focos de localização do tumor, geralmente depois dos 40 anos. É possível que comece com um nódulo rosado e luzidio, que vai crescendo devagar ou uma ferida na epiderme, sem origem conhecida e que não sara. Tratado, pode evoluir benignamente; caso contrário, é capaz de se tornar bastante agressivo e provocar mutilações de relevo.
O cancro espincelular é o segundo da lista. Aflige também os profissionais continuamente debaixo de sol, mas com idades mais avançadas. Normalmente, aparece sobre lesões pré-cancerosas, cicatrizes, fístulas crónicas, úlceras e outras áreas frágeis. O contacto assíduo com substâncias carcinogénicas (tabaco, alcatrão e derivados, arsénico, raios-X, …) constitui, igualmente, um factor de risco. Trata-se de um cancro mais lesivo e de desenvolvimento mais célere que o basalioma, sendo susceptível de criar metástases à distância, inclusive em órgãos vitais. Todavia, quando diagnosticado a tempo, tem grandes possibilidades de cura.
O melanoma é o tumor cutâneo que oferece maior perigo (e dos mais perniciosos da espécie humana) e está mais relacionado com os “escaldões”, surgindo em idades mais jovens. A sua chegada caracteriza-se, usualmente, pela aparição de um nódulo ou mancha de cor negra, sobre sinais já existentes ou em pele aparentemente sã. Como nos outros casos, o diagnóstico precoce é fundamental. Tratado em fases iniciais, o melanoma possui elevados índices de cura. Se não, o tumor tende a espessar e a metastização é um risco eminente. Indícios de alarme no que se refere ao melanoma passam por: sobrevinda de um novo sinal de cor escura em pele supostamente sã; alteração de um sinal que já se tinha, em termos de tamanho, forma e cor; sobrevinda de comichão, inflamação, ulceração ou hemorragia.
Nem todos os sinais espalhados pelo corpo, de nascença ou adquiridos representam perigo. Na realidade, a maioria é benigna. Não obstante, é necessário reeducar e apostar na prevenção. Por exemplo, no decorrer da exposição ao sol, é muito importante envergar roupa protectora, óculos de sol e protectores solares na cara, corpo e lábios. Esta exposição e o uso dos referidos protectores em crianças com menos de um ano estão interditos. A partir dos três anos, o estímulo deve ir no sentido de procurar uma sombra. A soma dos escaldões apanhados durante a infância tem enorme influência no desenvolvimento de melanoma na idade adulta.