rua-direita rua-direita publicou: Os mitos da pílula do dia seguinte...
Embora muita gente de debata pela facilitação da distribuição deste método anticoncetivo, a maioria desconhece que os seus efeitos adversos podem superar largamente a suposta eficácia. As pessoas reivindicam aquilo que julgam ser um ato de liberdade. Todavia, os extremos, e ainda por cima se recheados de ignorância e egoísmo, introduzem os indivíduos num perigoso mundo de noções distorcidas que podem, inclusivamente, fazer perigar a sua própria vida!...

Na realidade, os resultados esperados da difusão da chamada “pílula do dia seguinte” fracassaram, no âmbito populacional, em termos de redução das gravidezes não desejadas e dos abortos.

É possível demonstrar, através de análises quantitativas, que, querendo negar o plausível impedimento da implantação do embrião que este medicamento leva a cabo, deve admitir-se uma eficácia real significativamente inferior à que comummente se assume. Além disso, segundo determinados cálculos, a delonga na toma do fármaco apresenta, em conjunto, um impacto muito escasso. A presumida urgência de prescrição é, assim, uma instância fundada em informações de relevância duvidosa.

A associação de ginecologistas italianos encetou, há uns meses, uma campanha de sensibilização acerca do uso de anticoncepcionais, particularmente dirigida aos jovens, declarando que a pílula do dia seguinte é a melhor forma de prevenir as gravidezes não desejadas e o aborto.

Trata-se de uma postura difundida, que se poderia resumir no slogan: «Mais contracepção, menos aborto.» Os factos, todavia, revelam que esta é uma máxima fala, sem fundamento. Efectivamente, mais de 40 anos após a introdução da pílula anticoncepcional, o número de abortos cresceu exponencialmente, com especial destaque nos países onde a cultura contraceptiva se encontra mais arreigada. As estatísticas dão conta da solidez do fracasso da estratégia contraceptiva.

A resistência a esta realidade, baseada num escasso conhecimento dos dados da literatura médica, traduz uma expressão de certo obscurantismo ideológico. A par da hipótese de erro conceptual, em que se reduz o ser humano à sua dimensão meramente biológica, aceitando a ideia de que a sexualidade humana se identifica unicamente com a dimensão genital, é legítimo colocar, por exemplo, a de cariz económico.

Acrescendo à evidência de que a liberdade só é verdadeira quando desenvolve a sua faceta de responsabilidade, a submissão por muito tempo à ditadura farmacológica tende a atrofiar a fertilidade feminina. As formulações hormonais, teoricamente melhor toleradas, não surtem efeito.

É preciso abandonar procedimentos ideológicos, em prol de uma abertura à realidade, para a compreender e não se “meter por atalhos”, que conduzem, frequentemente, a “trabalhos” e problemas. Urge passar da informação ao conhecimento.

O Nobel da Medicina, Alexis Carrel, afirmou um dia que «muito raciocínio e pouca observação conduzem ao erro; pouco raciocínio e muita observação levam, no entanto, à verdade». É uma verdadeira junção do inútil ao desagradável observar pouco e raciocinar mal…!