rua-direita rua-direita publicou: Infecções urinárias – Uma ameaça para as mulheres
Uma infeção urinária traduz o crescimento de bactérias no aparelho urinário. Trata-se da mais vulgar infeção provocada por estes micro-organismos, frequente, e passível de afetar o ser humano ao longo da vida.

Pode aparecer em qualquer fração do trato urinário (rins, ureteres, bexiga, uretra) e ser motivada, por exemplo, pela presença de cálculos renais, obstrução na uretra, defeitos no aparelho urinário, problemas neurológicos, retenção urinária (e quando se retém a urina na bexiga durante muito tempo as bactérias não são expelidas, apresentando maior probabilidade de aderirem à parede desse órgão e ocasionarem infeção urinária), pelo uso de calças demasiado apertadas (que abafam a região genital) e de roupa interior sintética (o que em ambos os casos favorece a multiplicação de certas bactérias), entre outros fatores.

As mulheres e bebés do sexo feminino são mais propensas a contrair infeção urinária, provavelmente porque nelas o canal condutor da urina (a uretra) é mais curto do que nas pessoas de sexo masculino. As meninas têm ainda a agravante de usar fraldas, eventualmente contaminadas pelas próprias fezes. Nos rapazes, mormente nos circuncidados, o risco é bastante inferior.

Os sintomas variam de acordo com a pessoa e a gravidade da infeção, sendo que nas crianças nem sempre são evidentes. É possível que se verifique febre e se constatem falta de apetite e deficiências no peso e no crescimento. Num adulto, o sinal mais patente é a dor ao urinar, ato que aumenta de frequência e durante o qual se experimenta uma sensação de queimadura. Num estádio mais avançado e grave da infeção, é usual haver queixas de dores lombares e, eventualmente, sangue na urina.

O tratamento é feito à base de antibióticos, que diferem consoante a bactéria responsável (neste contexto, a Escherichia Coli (E. Coli) é a protagonista). Após 48 horas de administração destes fármacos (geralmente por via oral e durante sete a dez dias), o ardor, a dificuldade de micção e a dor devem começar a atenuar-se ou mesmo desaparecer. Nas pessoas que padecem de infeções crónicas, os antibióticos podem ser utilizados profilaticamente, em doses menores, mas por um período mais alargado, que poderá ir até aos seis meses.

Cultivar determinados hábitos, como beber, no mínimo, um litro e meio de água por dia, adotar medidas de higiene, regularizar o trânsito intestinal, aniquilar parasitas intestinais, fazer chichi regularmente (para não dar tempo que as bactérias que se encontram na bexiga se multipliquem) e após as relações sexuais (que levam à abertura da uretra), tratar as diarreias e as prisões de ventre, limpar-se da frente para trás e evitar roupas muito justas e/ou em material sintético, ajuda a prevenir a doença. E, na verdade, é sempre melhor acautelar problemas…