
A gravidez, embora sendo um processo natural, requer cuidados especiais, porque, afinal, trata-se de albergar uma nova vida. Neste sentido, as futuras mamãs devem estar atentas aos indícios de algumas doenças que, contraídas durante a gravidez, podem revestir-se de especial gravidade, para elas, para os fetos e para a própria continuidade da gestação.
A listeriose, doença pouco comum, causada pela bactéria Listeria, pode ser mortal para o feto. Para evitar expor-se ao perigo, a grávida apenas deverá comer produtos lácteos pasteurizados e rejeitar verduras cruas cujo adubo tivesse sido o estrume.
A rubéola, passível de provocar malformações fetais, será um motivo de preocupação se a grávida ainda não estiver imunizada (o que se comprova por meio de análises ao sangue). Se for este o caso, há que evitar o contacto com potenciais portadores. De contrário, não é preciso ficar apreensiva.
A toxoplasmose, adquirida no decurso da gestação, é suscetível de afetar o sistema nervoso do ser em desenvolvimento. O melhor é evitar a proximidade com gatos, mormente vadios e comer carnes mal passadas, e, por outro lado, assegurar-se de que a fruta e os legumes são sempre bem lavados. Perante qualquer alteração, não há lugar para hesitações no que respeita a consultar o médico ou ligar para uma linha permanente de saúde.
Planear uma gravidez com saúde significa ter uma gravidez equilibrada e dar saúde ao bebé. A American Pregnancy Association esclarece que o exercício não aumenta o risco de aborto. Nem todos os exercícios são adequados, e o corpo vai dando, naturalmente, sinais de quando é necessário limitar o nível e a intensidade do exercício. Os especialistas dizem que se deve optar pelos exercícios de Kegel, que consistem na contração dos músculos que se usam para parar o fluxo da urina. Fortalecem os músculos do soalho pélvico requeridos durante o parto a auxiliam na prevenção de dificuldades de incontinência resultantes da gravidez.
Os suplementos de ómega 3 são outra boa ideia. Um comité da União Europeia, constituído por mais de 50 especialistas em nutrição, recomenda às mulheres grávidas a toma de um suplemento diário de ácidos gordos essenciais ómega 3. Afirma o referido comité que as gestantes que incorporam DHA na sua alimentação apresentam gravidezes mais saudáveis, os respetivos bebés nascem com um peso mais saudável e com menor tendência de ser prematuros. A dose diária aconselhada de DHA (ómega 3) é de 200 ml. Pode ser encontrado, por exemplo, em peixes como o salmão.
Existem outros nutrientes essenciais, que incluem vitaminas, ácido fólico, cálcio, ferro e zinco. Em acréscimo, também há boas e más ações. A alimentação equilibrada com horários (cada três horas), o controlo do peso, pausas durante o dia, recorrendo a meias de descanso, uma massagem, uma ida ao cinema, passar mais tempo com o parceiro, combatem as alterações de humor. O álcool, o tabaco, a cafeína, peixes com mercúrio e medicamentos aumentam o risco de aborto, pelo que… afaste-os!