
É sabido que a alimentação e os hábitos de vida estão intimamente relacionados com a saúde (ou falta dela) e com a maior ou menor propensão para desenvolver certas enfermidades. Investigações recentes vieram demonstrar que, também no domínio da fertilidade, estes factores têm um peso significativo, podendo mesmo comprometer a capacidade reprodutiva nos homens. Recusar frutas e legumes é um dos pressupostos passíveis de conduzir a esta situação.
Efectivamente, este grupo de alimentos prima pela elevada quantidade de antioxidantes que, para além de possuírem propriedades que permitem combater os radicais livres, melhoram a qualidade do esperma, na medida em que a concentração deste aumenta, assim como a sua mobilidade e a sua morfologia. Pelo contrário, um fraco consumo de frutas e legumes perpetuado é passível de aportar um decréscimo na fertilidade. Efeito semelhante tem uma dieta rica em gorduras. Estudos efectuados comprovam que homens que comam muita carne e lacticínios gordurosos apresentam uma menor qualidade de sémen, comparativamente a indivíduos que optam por regimes alimentares mais ricos em frutas, legumes e lacticínios magros. Na Europa do Norte, estima-se que cerca de 40 por cento dos jovens manifeste padrões qualitativos de esperma inferiores aos estimados como obrigatórios para se ser fértil.
Comer mais frutas e legumes é sinónimo de ingerir mais vitaminas, ácido fólico e fibras, ao mesmo tempo que se reduz o aporte de proteínas e gorduras ao organismo. Falta ainda descortinar se será suficiente, para homens com problemas de fertilidade, a toma de suplementos vitamínicos, em detrimento do incremento do consumo de frutas (cinco porções por dia, se a pretensão for no sentido de potenciar a função reprodutiva) e legumes. Não obstante, o certo é que a qualidade dos espermatozóides depende de hábitos alimentares equilibrados. A fast food, os doces e o álcool, verdadeiros tóxicos para o corpo humano, devem ser evitados. De outro modo, nunca se chegará a ver o Ronald McDonald com netinhos…
O arroz e o milho são tidos como alimentos que promovem a fertilidade. Aliás, consta que a tradição de atirar arroz para os noivos nos casamentos simboliza a ejaculação e o sémen. O tomate, o morango, a banana, o figo, as sementes de abóbora (que fautorizam o descongestionamento da próstata, mediante a melhoria da tonicidade muscular), a avelã, a castanha de caju e o amendoim são, analogamente, considerados afrodisíacos.
Os médicos aconselham as mulheres a evitar a exposição a agentes tóxicos, susceptíveis de prejudicar a fertilidade do bebé.