
As dores nas costas, que podem localizar-se nas zonas lombar (acima dos quadris), dorsal (a meio das costas) ou cervical (na nuca e na base do pescoço), afetam ou virão a afetar cerca de 8 em cada 10 pessoas. De facto, a coluna vertebral, apesar de sustentar todo o corpo humano e ser responsável por todos os seus movimentos, é também extremamente frágil (porque alberga a medula espinal) e facilmente sujeita a agressões do exterior como, por exemplo, a má postura corporal que adotamos em várias ações do dia a dia.
Saiba, pois, quais os movimentos de risco (ou ausência deles) ou comportamentos que podem fazer perigar a saúde da nossa preciosa (e insubstituível) coluna vertebral. Assim, sempre que alguém apresenta excesso de peso corporal (mais de 10 kgs), o risco de vir a sofrer de dores nas costas aumenta em 25%. O sedentarismo constitui outro fator de risco, pelo que o exercício físico é crucial para combater um dia inteiro sentado/a na cadeira em frente ao computador. Os exercícios deverão incluir alongamentos e outros que favoreçam o fortalecimento muscular e a melhoria da irrigação sanguínea. Por outro lado, carregar pesos excessivos e, pior ainda, de um só lado do corpo, também contribuirá para um desnível na coluna que poderá conduzir a estados dolorosos como a escoliose (assim chamada porque contraída durante o período da infância e juventude, quando se usam a s mochilas penduradas de um só lado do corpo).
O consumo de cigarros e a idade avançada são também fatores de risco, uma vez que a nicotina e o avanço natural da idade destroem a flexibilidade natural das artérias, tornando-as rígidas e suprimindo a sua capacidade de amortecer os choques – esta é a função básica da coluna que, assim, fica comprometida. Para combater os inevitáveis efeitos do avanço da idade, há que se submeter a técnicas de reeducação postural (através de um fisioterapeuta) e aprender a movimentar-se: não se estique para alcançar aquele objeto que está na prateleira de cima – utilize um banco; quando apanhar um objeto do chão, não dobre simplesmente as costas – dobre também as pernas e, de cócoras, apanhe-o; sente-se de forma confortável, com os joelhos acima dos quadris e os pés apoiados (as cadeiras de braços são boas aliadas); ao entrar e sair do carro sente-se e gire o corpo – nunca torça as costas, como habitualmente se faz; finalmente, ao vestir-se e calçar-se, faça-o sentado – as suas costas agradecerão.
E verá que, ao seguir estes conselhos, poderá prescindir definitivamente do rol imenso de analgésicos e anti-inflamatórios que utilizava para minimizar as dores. Cuide da sua saúde!