
O sedentarismo assume-se, cada vez mais, como a doença da modernidade, com graves implicações para a saúde dos afetados, devido ao aumento das condições de conforto, de entretenimento e de lazer áudio e vídeo. Estima-se que cerca de 70% da população mundial seja sedentária e, como tal, esteja altamente predisposta a contrair doenças não contagiosas como diabetes, hipertensão, obesidade e cancro. Uma tal epidemia obriga, com carácter urgente, à alteração da forma contemporânea como se encara o exercício físico – é absolutamente necessário (tal como o é a alimentação ou a respiração) e não opcional.
É no trabalho e em casa que o sedentarismo se verifica e instala, mais entre os homens do que entre as mulheres, por motivos que se prendem com a divisão tradicional das tarefas: as mulheres, ainda hoje, são as fadas do lar e, como tal, acabam por combater mais o sedentarismo, pois passam parte do dia de pé, movimentando-se, a realizar tarefas como lavar louça, varrer, passar a ferro, etc. Os homens acabam por ceder mais às tentações do sofá, já que a televisão, o vídeo, a consola de jogos e, ultimamente, a televisão digital, surgem como tentações transponíveis apenas pela força de vontade.
E é mesmo aqui que reside a solução: mudar um mau hábito implica apenas uma dose moderada de força de vontade e a certeza de que, se não mudar, irá estar a comprometer seriamente a sua sobrevivência a longo prazo. As mudanças podem verificar-se nos seguintes aspetos: dedique 30 minutos do seu dia à prática exclusiva de exercício físico. Inicialmente, deverá encetar caminhadas que, progressivamente, se tornarão mais longas. Depois, poderá começar a correr, devagar. E vá, se assim o desejar, aumentando o ritmo, sempre de forma gradual e ouvindo o seu corpo – se se sentir mal ou demasiado cansado, reduza a atividade física. Outras alternativas passam pelo uso do elevador em detrimento das escadas, por evitar do uso de escadas rolantes ou do carro para deslocações curtas, por assumir tarefas domésticas – que acabam por se tornar agradáveis –, por encurtar o tempo dispendido em frente ao computador ou à TV, por estacionar o carro mais longe do que o habitual, por programar mais passeios ao ar livre, por utilizar a praia preferencialmente para fazer caminhadas e não para dormir, por passear mais com o seu cachorro e, finalmente, por adquirir um podómetro que lhe permitirá saber se deu, num dia, pelo menos 10 000 passos, a quantidade recomendada em média para uma pessoa saudável.
Já sabe: ponha-se a mexer e melhore consideravelmente a sua saúde, a médio e longo prazo!