
Já há algum tempo que se sentia doente e o seu médico mandou lhe fazer diversos exames médicos. Parecendo que não, fazer exames é sempre a parte mais fácil, o pior é depois saber o prognóstico. Muitas são as questões que se levantam na hora de ir saber os resultados. Será que deve ir sozinho? Quais as questões a colocar? Será que o seu médico é o mais indicado? Ou deve pedir uma segunda opinião? Estas são apenas algumas das perguntas que devem passar pela sua cabeça, mas saiba que há mais coisas a ter em conta. Mas para que vá bem preparado, dou -lhe aqui algumas dicas que até eu já tive que usar.
Quando for à consulta, leve consigo alguém com quem tenha uma relação próxima, pois caso venha a receber uma má notícia, o acompanhante poderá ser essencial, não só em ajudá-lo a tomar uma decisão, mas também em questionar o médico e lembrar das respostas dadas. Na hora de fazer questões, é essencial perguntar pelos custos financeiros caso necessite de algum tratamento, porque se tiver seguro de saúde, certamente irá cobrir algumas das despesas. Além disse certifique-se em saber as implicações da doença em termos físicos, psicológicos, laborais. Não seja demasiado ansioso em saber o prognóstico, o médico dir-lhe-á quando achar que é o momento indicado. Caso venha a saber que padece de uma doença grave, peça uma segunda opinião, ao menos não fica com o peso na consciência de que não tentou tudo. E se com esta segunda opinião houver uma divergência, peça aos médicos para dialogarem e chegarem a um consenso.
A escolha do sistema de saúde também é primordial, deve tratar-se pelo público ou pelo privado? É certo que no privado terá uma maior atenção por parte da equipa médica, mas pondere bem, porque os custos são elevados e se não tiver um seguro de saúde bom, depressa fica sem plafond. Além disso, no sistema público pode escolher em que hospital quer ser tratado, só terá que pedir ao seu médico de saúde que o referencie. Quando se tem alguma doença para a qual não há solução em Portugal, trate de saber se no estrangeiro há solução e se sim, o próprio Ministério da Saúde comparticipa as despesas. Se continuar a trabalhar, o melhor é informar de imediato quais as restrições que vai ter e avise também a família, respondendo às perguntas das crianças e se de alguma forma quiser chorar, não se contenha, porque ninguém é de ferro. Se depois de tudo isto, começar a sentir que se isola e que está sem vontade para nada, procure de imediato a ajuda de um apoio psicológico.
Apesar de dar aqui algumas dicas, espero que nunca venha a precisar de utilizá-las, mas mais vale estar prevenido, porque mesmo que não seja para si, poderá ter que apoiar alguém…