
Querer engravidar e não conseguir é frustrante e esgota, mas nem tudo é mau; há que ver o lado positivo, mesmo nas adversidades. Pois bem, neste caso, e tendo em conta que a mulher é gulosa, a notícia de que pode abusar dos gelados à vontade deverá ser muito bem recebida… Pelo menos terá uma justificação baseada num estudo norte-americano para afirmar que se encontra a fazer um “tratamento de fertilidade”, na eventualidade de a advertirem para o exagero no consumo daqueles alimentos.
Efetivamente, a referida pesquisa, que acompanhou durante oito anos mais de 18 mil mulheres com idades entre os 24 e os 42 anos, que tinham em comum a dificuldade de engravidar, levou os investigadores a concluir que as mulheres que comiam pelo menos duas porções de gelado por dia apresentavam mais 85 por cento de probabilidades de ovular do que as que não o faziam. A análise dos dados indicou ainda que esta gulodice reduz em 22 por cento o risco de infertilidade. Na prática, as mulheres que consomem gelados cremosos, no mínimo, duas vezes por semana reduzem o seu risco de esterilidade em valores que rondam os 38 por cento, em comparação com aquelas que não se dispõem a este enorme sacrifício!...
Os pesquisadores declaram que a gordura boa (habitualmente denominada por bom colesterol) contida nos gelados melhora o funcionamento dos ovários, coadjuva a produção de hormonas sexuais e incrementa a fertilidade. Em acréscimo, os gelados também têm ferro, potássio e magnésio, que desempenham um importante papel regulador e estrutural na formação das células e tecidos.
Alguns gelados possuem ainda fibras (nomeadamente os de fruta), que auxiliam o processo digestivo e favorecem a sensação de saciedade. Paralelamente, há que pensar que, geralmente, um sorvete tem uma quantidade de sacarose idêntica a um iogurte de fruta. Para além disso, os nutrientes complexos nele contidos facultam uma absorção lenta, e, por conseguinte, representam um impacto reduzido em termos de índice glicémico.
Dominar as hormonas continua a ser a tarefa mais difícil. Quando equilibradas, elas contribuem para a beleza, a saúde e a energia, mas desreguladas podem concorrer para o aumento de peso e da inestética barriga, inchaço e até ataques de nervos. O organismo é dotado de mecanismos que regulam a produção destas substâncias de poder indiscutível. Todavia, é preciso prestar atenção a alguns hábitos (que, por serem isso mesmo, passam muitas vezes despercebidos) e condutas menos adequadas. De facto, noites mal (ou pouco) dormidas, uma alimentação errada e o stress só atrapalham tudo…