
A obesidade é um mal cada vez mais disseminado; de tal modo que, muitas vezes, já não se lhe presta a devida atenção e, ou os cuidados não são tidos em conta, ou se encetam medidas drásticas para perder peso. Está-se diante de uma doença, ao contrário do que muita gente pensa. E não afecta somente a saúde física, mas também a mental, por questões de imagem e de inevitáveis limitações que o excesso de peso aporta. Há jovens obesos que, depois de darem dois passos, arfam tanto que mais parecem os avós…! Já para não dizer que não conseguem conter dentro da roupa a adiposidade abdominal, o que deve ser tudo menos confortável.
A questão é que o indivíduo esteja apto a separar a componente emocional da nutricional, procurando sentir-se amado e valorizado, independentemente do seu peso. Pode, inclusive, recorrer ao humor, respondendo a quem lhe mencionar as dimensões corporais que se trata de uns quilos a mais de boa pessoa. A auto-estima não deve ficar sequer beliscada pelas características do corpo! Por outro lado, é preciso dar início a um regime alimentar equilibrado e não a dietas malucas que pouco ou nenhum resultado apresentam no médio e longo prazos.
Um pequeno-almoço saudável é uma excelente forma de começar o dia. Um iogurte com uma peça de fruta e um pão integral torrado e guarnecido com azeite ou peito de peru e tomate pode ser um dos muitos menus possíveis. Se a primeira refeição do dia contiver proteínas, a fome não ataca ao longo da manhã.
Convém que os biscoitos, doces, batatas fritas e outras tentações deixem de estar sempre à mão para ir roendo. É saudável merendar a meio da manhã e da tarde, mas recorrendo a iogurtes magros, leite, sumos de fruta naturais, bolachas tipo Maria ou integrais, pão integral com acompanhamento pouco rico em gorduras e açúcares.
Os almoços e jantares, de preferência em casa, devem começar com uma sopa de legumes (ou uma peça de fruta antes, se o apetite for desmesurado), porque além das vitaminas e minerais ingeridos, preenche-se um espaço do estômago onde já não caberá grande quantidade do segundo prato, tendencialmente muito mais calórico. As saladas também não devem faltar.
Por outro lado, há que pôr de parte o sedentarismo. Os especialistas aconselham um mínimo de 30 minutos de exercício físico (moderado) por dia. Existem actividades desportivas no exterior, nem que seja uma caminhada com familiares ou amigos, que, fazendo bem ao organismo, também divertem e ajudam a reforçar os laços entre as pessoas, o que reduz o stress e a frustração, que motivam tanta gente a refugiar-se na comida.
Evite petiscar enquanto vê televisão: é a melhor maneira de comer impulsivamente! Da mesma forma, nunca utilize os alimentos como recompensa ou castigo por algo que fez ou não foi capaz de realizar. Foque-se nas suas qualidades e aptidões e não obceque com o seu peso, a fim de precaver distúrbios alimentares, como a anorexia ou a bulimia.
Desfrute dos alimentos saudáveis e do exercício, dando o exemplo aos mais pequenos, e siga as recomendações de um profissional de nutrição, se for caso disso.