rua-direita rua-direita publicou: Agorafobia – O medo de viver lá fora
Há no mundo quem adore confusões. Concertos de música rock, discotecas repletas de gente, muita luz colorida, jogos de futebol e em especial derbis de futebol.

Muita, muita gente, com um convívio em que é necessário gritar-se para se fazer ouvir. Apertos, confusões, empurrões saudáveis, enfim, mares de gente e de barulho. A satisfação é grande e não conseguem deixar de esboçar um sorriso a cada aplauso e assobio de dedos na boca.

Mas se há gente que gosta deste tipo de situações, existe quem sinta o oposto.

Não se tratam de pessoas que puro e simplesmente não gostam de multidões ou barulho, pessoas que se sintam incomodados. Tratam-se sim de pessoas que entram em pânico com o simples facto de sair de casa.

A Agorafobia trata-se de um medo ou fobia associados à vida social, ao pânico de se ser obrigado a enfrentar a sociedade.

O medo de interagir, desempenhar funções, de sentir que está posto à prova pela sociedade são fatores importantes na altura de detetar esta patologia.

Os sintomas manifestam-se pelas mais variadas maneiras e tremores nas mãos e nos pés, voz trémula, suores frios e excessivos, dores de cabeça, palpitações, arritmia, calor excessivo, taquicardia, formigueiro, são bastante frequentes.

Esta patologia é normalmente associado à timidez exagerada, mesmo que o doente assuma que tem este tipo de problema.

Temores a falar e comer em público são apenas alguns sintomas, mas o simples facto de tentar atravessar uma estrada pela passadeira pode para um agorafóbico uma missão difícil ou impossível de fazer.

Falar com autoridades, assinar documentos, iniciar uma conversa, atender um telefone ou simples facto de cumprimentar alguém, transtornam e criam uma ansiedade psicótica num doente desta patologia.

Esta patologia pode ser consequência de um trauma, um acidente, ou simplesmente de foro psicológico. Uma depressão ou um esgotamento nervoso pode ser a consequência desta doença, mas pode também a doença despertar as próprias depressões.

A cura existe, mas para ser atingida é necessária muita insistência, persistência e fundamentalmente apoio da parte de medico, amigos e familia.

As idas a um psicólogo, psicanalista, ou psiquiatra são fundamentais e as terapias têm quase obrigatoriamente de ser acompanhadas por medicamentos ou anti-depressivos.

Antes de mais é obrigatório o próprio paciente estudar-se. Verificar a fonte dos seus medos, e as suas consequências. Ter a perfeita consciência da doença de que padece e estudar-se comportamentalmente facilita o tratamento e a cura.