rua-direita publicou:
Procura-se com quem partilhar vida...
São cada vez mais as mulheres que procuram o príncipe encantado em anúncios classificados ou até em agências matrimoniais. Na maioria dos casos são jovens que enfrentaram um divórcio e ficaram sós cedo demais, porém mantêm a esperança em viver um conto de fadas. Para elas ainda faz sentido um amor para a vida e não é pelo facto de terem tido relações falhadas no passado que fecharam o coração.
Nos anúncios dos jornais, num pequeno quadrado de cinco linhas, sem se identificar, há que saber ser original na forma de se descrever e de descrever o que procura. Uma palavra apenas pode ser determinante para quem lê. A ideia de publicitar num jornal a procura de um amor parece coisa de tempos passados, em que as senhoras buscavam cavalheiros para casar, dando ênfase à integridade.
Associa-se também a jovens viúvas que o fazem às escondidas, com receio de serem motivo de risoto, mas com grande desejo de voltarem ao papel de fadas do lar. Ou pensa-se ainda que sejam solteiras cinquentonas, que ficaram para tias, cansadas de passar meio século sozinhas. A verdade é que estamos na era dos divórcios, tudo acontece muito rápido mas acaba ainda mais depressa. As mulheres românticas incuráveis continuam mesmo assim a suspirar pelo “tal” e a sonhar com um casamento com um final feliz, onde apenas pedem lealdade, seriedade, fidelidade, honestidade… Costumam ter entre os 35 e os 45 anos, são independentes, vítimas de relações anteriores falhadas, na maioria dos casos com filhos e ainda crentes no amor.
Só que a era nas novas tecnologias veio tornar obsoletos os anúncios nos classificados. Agora a moda é publicitar online. A conversa flui mais depressa, é menos tempo de resposta e traça-se facilmente um perfil com a troca de algumas impressões, porém tem o inconveniente de não ser um vínculo de comunicação seguro, pois não se consegue saber se a pessoa que está do outro lado está a falar a verdade. Assim, o método mais fidedigno é através de agências matrimoniais.
A Amore Nostrum já conta com cinco mil clientes, entre os 40 e os 55 anos, quase todos divorciados e um grau de sucesso acima da média, 80% dos clientes encontram com os seus serviços a cara-metade. Para conseguir fazer parte da base de dados da empresa há que ter certos requisitos, principalmente serem descomprometidos, sendo a aceitação feita por psicólogos. São também estes que fazem um estudo de compatibilidade e quem marca os primeiros encontros.
Pode achar estranho que hajam tantas pessoas a recorrerem a este tipo de serviço, a verdade é que a nossa sociedade está a caminhar para uma era em que as pessoas se isolam e perdem cada vez menos tempo a conhecerem-se pessoalmente. A internet está cada vez mais presente no quotidiano as facilidades que permite começa mesmo a por em causa as relações humanas. E porque há cada vez menos tempo a se perder, porque não usar deste serviço para encontrar a alma gémea? Ela pode estar apenas à distância de um click…
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rua-direita, e atualmente tem comentários.
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