
A fome no Brasil é antiqüíssima, sendo perene e endêmica. Podemos até inferir acerca de sua origem, tal o abismo social em que o Brasil começou. Desde seu início como colônia, num regime Imperial com vias de simplesmente explorar as riquezas do pais sem que houvesse preocupação social de qualquer ordem, inclusive no planejamento de um tecido de sociedade onde os recursos fossem equitativamente distribuídos, assim como políticas desenvolvimentistas implementadas.
Há uma grande falácia que é propalada aos quatro ventos, a de que o Brasil é uma terra em que se plantando tudo dá, pois bem, trata-se de um País continente, com uma diversidade de solos e climas e isso sim poderia ser usado em benefício de sua população, pois sendo assim poderia cultivar-se uma gama enorme de culturas diversas visando suprir o mercado interno.
As políticas que se implementaram no país foram errôneas a tal ponto, de se gerar uma concentração de renda e riqueza quase sem precedentes no mundo, onde o Brasil exporta produtos primários com baixo valor agregado, e importa justamente produtos da ponta das tecnologias com altíssimo valor agregado, gerando assim um constante déficit na balança comercial, desequilíbrio este que impede transito vertical da população na pirâmide social. É claro que a fome move o individuo pelo estômago, de uma forma instintiva e que termina fatalmente em conflitos, em guetos e em distorções que o levam a cometer atrocidades, estas sim classificadas, julgadas e executadas em sentenças, pela mesma minoria concentradora de tudo, como se a própria fome já não fosse uma sentença de morte, dada a cada dia.
O contexto histórico nos mostra como o problema é tratado e a situação atual é bem mais precária, a economia está totalmente deteriorada, preços congelados, questões econômicas tratadas politicamente justamente em um ano de Eleição Presidencial; a tratativa de tal desordem estrutural e de conjuntura traz e certamente trará mais consequências desastrosas para o Brasil, em todos os aspectos Sócio-Político-Econômicos, há que se retomar as rédeas do Pais antes que entremos numa situação de insolvência generalizada e caos social. Devemos lembrar também que o Brasil não fez as reformas estruturais, políticas, tributária-de desoneração- e não remodelou sua malhas rodoviárias e de estradas de ferro. Hoje, além de tudo, sofremos de um sério problema de logística de deslocamento, como exemplo disso temos carregamentos de gêneros agrícolas se deteriorando antes mesmo de sua chegada aos portos para exportação, pois a fila para embarque é por demais extensa e em virtude da má conservação rodoviária e mesmo falta das mesmas.
Talvez seja, como falamos aqui no brasil " uma sinuca de bico" que significa um problema insolúvel e que faz composição com o chamado Custo Brasil.