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Quando as crianças são vítimas de bullying
O termo é novo no nosso vocabulário. Tão recente que não existe em português uma palavra que consiga definir estes atos, pelo que se utiliza o estrangeirismo “Bullying”. O termo compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais ou repetidas, que ocorrem sem motivação aparente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s). Estas atitudes podem causar angústia ou dor, sendo praticadas dentro de uma relação desigual de poder. Assim, a repetição dos atos agressivos e constantes insinuações de poder, tornam possível a intimidação da vítima.
Alguns dos atos envolvidos neste conceito são: agredir, roubar, gozar, assediar, aterrorizar, ferir, empurrar, estragar pertences, humilhar, discriminar, ignorar... Se nos lembrarmos de tempos idos, tais ações sempre estiveram presentes entre alguns grupos de crianças, mas estudos revelam que nos dias de hoje são atividades mais banalizadas e comuns entre os mais pequenos.
O bullying afeta dois milhões de crianças em toda a Europa, sendo considerado por especialistas como “uma guerra silenciosa que atinge muitos lares portugueses, arruinado a vida de cerca de 40 mil crianças”. Na generalidade, as crianças vítimas de bullying sentem-se insignificantes e sem valor. Os estímulos são de tal forma constrangedores que as crianças acabam por odiar a instituição escolar, acabando repetir o ano letivo, o que traz custos elevados para o estado.
Para além deste acto, a criança vítima de bullying acaba por desenvolver, a curto prazo, outro tipo de problemas, com distúrbios na alimentação, problemas ao nível de relações humanas; ou a longo prazo, já em adulto, graves problemas de auto-estima, medo de ter os seus próprios filhos, desemprego, actos de bullying no local de trabalho e elevado risco de virem a praticar suicídio.
No caso dos praticantes de bullying, na vida adulta podem vir a praticar actos de violência com os seus pares, quer no local de trabalho, quer no seio familiar. Os casos mais extremos revelaram-se criminosos ou delinquentes.
Mas se as vítimas e os praticantes de bullying revelam dificuldades ao logo do tempo, também as testemunhas ficam marcadas para toda a vida, tornando-se receosas e inseguras, temendo o dia em que elas serão as vítimas.
Quando não há medidas preventivas ou que visem solucionar o problema, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado, em que todas as crianças observarão atos de violência, experimentando sentimentos de ansiedade e de medo. Assim, urge a implementação de medidas preventivas e corretivas deste tipo de comportamento, que contribuirão para um incentivo à não violência na sociedade.
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