rua-direita rua-direita publicou: Bullying – O que fazer?
O mundo está cada vez violento e disso, todos nos apercebemos no dia-a-dia. Essa violência passa por nós, no trânsito, nos transportes públicos, no atendimento em qualquer sítio onde nos deslocamos entre muitas outras coisas. Acha que assim não é? Então verifique se não foi incorrecto na forma como falou com um empregado de mesa num restaurante, ou se não foi você que atendeu um cliente mais chato. A falta de paciência para com o próximo, sem nos importarmos se o outro nos entende ou não, faz parte da nossa agressividade com o próximo.

Somos cada vez menos tolerantes e isso até pode dever-se ao stress e à pressão a que estamos sujeitos, mas nada pode justificar a frieza com que nos relacionamos com os outros e com o mundo.

Quem acaba por pensar que isto são procedimentos normais, são muitas vezes os nossos filhos. Também eles estão sujeitos a pressões e stress. As boas notas, as saídas com os amigos e até mesmo a sua afirmação enquanto jovens inseridos numa sociedade complicada.

A violência nas escolas existe e está cada vez em maior crescimento, apesar de já muitas medidas estarem a ser tomadas relativamente a isso.

O bullying é real e assustador. O bullying consiste na violência praticada por um ou vários indivíduos a um único. As agressões podem ser físicas ou psicológicas e nem as novas tecnologias fogem como medida dos agressores. SMS e emails são utilizados como forma de agressão, com difamações e mexericos.

Mas o que fazer?

Se o seu filho for uma vítima, apoio incondicionalmente. Fale com ele e explique-lhe que uma coisa são brincadeiras, outra é violência gratuita. Fale com professores e educadores, tal como a direcção da escola, e peça para falar com os pais dos agressores. Por norma também estes são surpreendidos, pelo que tente resolver as coisas com uma boa comunicação. Se suspeita, verifique a falta de apetite, as faltas na escola, as insónias e irritação constante, tal como a ansiedade permanente.

Se o seu filho for o agressor, encare a coisa com firmeza. Fale com ele e faça-o ver que está a magoar alguém que não tem culpa e é uma vítima. Informe-o das consequências que pode vir a ter, como a transferência de escola e a perda de contacto com o seu grupo de amigos. Ele que imagine o que sentiria se fosse ele a vítima.

Se fores adolescente ou criança e estiveres a ver isto, dirige-te a um adulto em que confies (professor ou pais) e conta-lhes. Não és diferente dos outros, por isso não tens de ser julgado por nada. Os adultos podem e devem ajudar-te. Mantêm a força e confia no teu valor. Vais conseguir ultrapassar tudo isto, acredita. Boa sorte.