A revolução é um dos grandes marcos históricos da história mundial como a conhecemos, inclusivamente, podemos até mesmo dizer que esta foi a grande força motriz responsável por todos os avanços tecnológicos que o nosso planeta tem vindo a sofrer.
Foi em Inglaterra nos meados do século XVIII, com a descoberta da energia a vapor locomoção produzida a vapor, que foi possível o surgimento de uma nova forma de produção e que o homem passou, não a trabalhar com máquinas mas a assisti-las na manufaturação, que sistematicamente passou a ser em série, primeiro no Reino Unido e consequentemente, um pouco por todo o mundo.
Fatores como grandes reservas de ferro e carvão, e o grande êxodo rural que se verificou (a população londrina passou de 800.000 habitantes em 1780 para 5 milhões em 1880), após a passagem da Lei dos Cercamentos de Terras, disponibilizaram também a mão de obra necessária para que o Reino Unido se torna o grande pioneiro, desta Revolução.
Naturalmente esta mudança/evolução refletiu-se não só a nível dos preços a ser praticados, pois estes produtos passaram de manufaturados a maquinofacturados (produção em série/massa) o que veio ter um efeito drástico na descida dos preços uma vez que a diversidade de produtos disponíveis aumentou. Com isto, veio obviamente uma melhoria na qualidade de vida das populações, mas veio também a poluição que é sem dúvida um dos maiores contras deste despertar tecnológico.
O crescimento socioeconómico, cultural e todos os outros aspetos da sociedade mundial foram favorecidos. Todos estes fenómenos em conjunto foram responsáveis pelo crescimento económico elevado que se verificou seguidamente e que viria a ser travado apenas anos mais tarde por uma crise inflacionista que reduziu de novo o poder de compra da população e criou uma serie de fatores inversos aos até aqui verificados como por exemplo a retração do consumo, entrar-se-ia então numa crise que punha fim ao “boom” do ciclo económico.
Mas o que muitas vezes não se discute quando se fala da Revolução Industrial é a qualidade de vida das pessoas que viveram durante o seu aparecimento. Os trabalhadores eram sujeitos a uma exploração muito similar à escravatura (trabalhando cerca de 80 horas semanais e com um salário miserável) e as suas famílias que eram alojadas em bairros sociais criados juntos às fábricas, estavam sujeitas a condições extremamente deficientes, não havendo condições higiénicas e/ou sistema de esgotos apropriados o que levou ao aparecimento de surtos de doenças graves.
O uso das crianças nas minas de carvão que por sua vez alimentavam as enormes fornalhas que possibilitavam o funcionamento de cidades inteiras, que além de não terem uma compensação adequada, estavam expostas a perigos possivelmente mortais.
E não podemos deixar de falar das consequências ambientais que nós, as gerações que vieram a seguir à Revolução Industrial, temos vindo a testemunhar e que tentamos reparar agora. Mas o que seria do mundo sem este salto na evolução tecnológica?
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rua-direita, e atualmente tem comentários.
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