
Para muitos, a sua existência pouco ou nada incomoda, mas para outros, pode quase ser um caso de vida ou de morte. As agendas são essenciais na vida profissional de muitos de nós e a sua utilização é tão importante na vida profissional, num instante se torna também indispensável na vida pessoal. Trocam-se apontamentos, marcam-se reuniões com a mesma facilidade com que se assinalam datas a lembrar e consultas dentárias na mesma folha.
Uma agenda torna-nos organizados, controla a nossa vida, porque nos deixamos controlar por ela, com o sentimento de que não nos vamos esquecer de determinada coisa, porque apontámos na agenda. Perder uma agenda, é assim, um estado de sítio. A anarquia completa na nossa vida pessoal e profissional, isto, obviamente se dela formos dependentes.
São também de salientar as agendas telefónicas. Aquelas folhinhas com lombada que marca a letra do nome da pessoa que queremos encontrar, permitem-nos a apontamentos e consultas que julgamos muitas vezes preciosas. Mas quando se falam de agendas telefónicas, muitos de nós pensa que estas já estão no nosso telemóvel, pelo que não necessitamos de escrever em nenhum papel. Ideia mais errada, pois quando perdemos um
telemóvel, ou este se estraga de forma fulminante, lá vão anos de recolha de contactos telefónicos.
Mas esta história das agendas telefónicas nos aparelhos que nos revolucionaram a vida nos últimos anos, leva-nos a um outro pensamento relativamente às agendas. As agendas electrónicas. Ora aqui se chega a um ponto ainda mais interessante.
Como é natural, uma
agenda de papel, mesmo tendo uma capa bonita, não apita quando temos um compromisso, nem nos avisa com dois dias de antecedência um evento de aniversário, por exemplo. Cabe-nos, enquanto pessoas organizadas, ir virando a página para verificar os compromissos que se seguem nos próximos dias. Com uma agenda electrónica isso não acontece.
A Apple, empresa que inventou e desenvolveu os PDA’s em 1992, revolucionou o mercado dos agendamentos e apontamentos. Os PDA’s (as novas agendas electrónicas) tornaram-nos ainda mais dependentes.
Além de telefones móveis, estes pequenos aparelhos (em desenvolvimento sucessivo e permanente) carregam informação sobre tudo o que quisermos. Com acesso à internet, as “brincadeiras” ainda nos fazem ficar mais viciados. Consultamos e enviamos email, acedemos a todos e quaisquer sites (até para pagar contas através dos sites de entidades bancárias), enfim, um sem número de operações.
Mas será que este sistema de agendas electrónicas de facto facilita a nossa vida? Imagine-se a ter de consultar um detalhe numa agenda de há 5 anos atrás. Agora diga-me, se o seu PDA’s antigo se estragou sem salvação, e não fez atempadamente um backup, como vai fazer agora?