Anne Frank nasceu a 1929, em Frankfurt. No seio de uma família judia. Era filha de Edith e Otto e irmã de Margot.
Em 1933, o partido Nazi ascende ao poder, e o pai de Anne decide sair da Alemanha. Vão viver para a Holanda, com o objetivo de fugirem às investidas de Hitler, e buscando alguma segurança e tranquilidade. Instalam-se em Amesterdão e durante 7 anos aí viveram despreocupadamente.
Em 1940, contudo, a Holanda foi ocupada pelos Nazis e tudo mudou:
Todos os judeus foram obrigados a bordar a Estrela de David nas roupas; tiveram de entregar as bicicletas e foram proibidos de andar de automóvel e de elétrico; só podiam fazer compras a determinadas horas do dia e apenas em lojas judias; foram proibidos de frequentar teatros e cinemas; as crianças só podiam frequentar escolas judias.
Apesar de tudo, Anne era uma menina feliz, a quem o pai tentava proteger do que se passava. No dia em que fez 13 anos, Otto ofereceu-lhe um diário, de capa forrada a tecido xadrez. Sem saber, Otto provocou um feito histórico, permitindo que milhares de pessoas conhecessem Anne.
Neste diário, Anne decide escrever cartas a uma amiga imaginária, a quem deu o nome de Kitty. A ela relatava o seu dia a dia, e as dificuldades por que passavam por serem judeus.
Em julho de 1942, a família recebe uma notificação, para que Margot se apresente num campo de trabalhos – isto fez com que Otto antecipasse os planos de fazer desaparecer a família. Mudam-se então para um esconderijo localizado nas traseiras do seu escritório, ao qual se tinha acesso por uma porta escondida por uma estante. Mais tarde juntaram-se a eles a família Van Pels e Fritz Pfeffer.
Os moradores do Anexo Secreto contavam com a ajuda de alguns funcionários de Otto, que os mantinham informados do que se passava lá fora e que lhes traziam mantimentos.
Anne passava a maior parte do seu tempo a estudar e a escrever – o diário era o seu escape. No mesmo ela diz que escrevia para “aliviar o coração”, porque assim a dor desaparecia e a coragem regressava. Anne relatou com pormenor o modo como os dias eram passados no anexo, as suas angústias, medos, alegrias e o amor que sentia por Peter.
A 4 de agosto de 1944, a polícia invadiu o esconderijo e todos foram presos. Até hoje desconhece-se quem os denunciou. Anne e a família foram enviados para um campo de trabalhos em Westerbork e mais tarde para Auswitz, na Polónia, onde Edith viria a morrer. Anne e Margot são então enviadas para Bergen-Belsen, onde viriam a morrer com tifo, poucas semanas antes do campo ser libertado.
Otto foi o único sobrevivente.
Quando a guerra terminou, regressou a Amesterdão. Aí recebeu de Miep, uma das funcionárias que o tinha ajudado, o diário de Anne, que havia guardado, na esperança de lho entregar. O pai decidiu publicá-lo em 1947.
O diário tornou-se um comovente depoimento sobre a guerra, a injustiça e a crueldade dos homens, mas também sobre a esperança que se vivia em tempo de guerra. É impossível ficar indiferente às palavras daquela menina e talvez por isso continue a ser um dos livros mais lidos em todo o mundo.
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rua-direita, e atualmente tem comentários.
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