
É muito difícil responder a esta pergunta. Qual o melhor livro de sempre? De todos os tempos? Como podemos nós saber, se por muito anos que vivamos nunca conseguiríamos ler todos os livros que foram ou serão escritos. Para muitos é unanime que se trata de “Ulisses”, escrito em 1922 por James Joyce. O autor irlandês propôs-se reunir, numa só história, todas as experiências possíveis ao homem moderno. Relatando a vida de Leopold Bloom e Stephen Dedalus, ao longo de um dia passado na capital Irlandesa – Dublin – James Joyce rompe com todas as convenções de escrita de romances. Foi censurado em vários países, como os Estados Unidos da América e Reino Unido, por descrever aspectos da fisiologia humana, então considerados impublicáveis. Apenas em 1933 foi editado nos Estados Unidos da América.
James Joyce, em 1906, enquanto terminava o livro “Dublinenses”, ponderou introduzir um outro conto, intitulado “Ulisses”, acerca de um negociante de anúncios judeu, de nome Leopold Bloom. Não o fez, mas a imagem manteve-se e em 1914 iniciou a escrita de um novo romance, fiel à ideia original. A personagem de Stephen Dedalus foi baseada no seu pai, John Joyce, homem cujo desenrolar da vida promoveu a falência da família, em muito devido ao álcool.
Se para uns, é esta a história melhor conseguida de todos os tempos, outros defendem que é “Dom Quixote”, do espanhol Miguel de Cervantes Saavedra, o grande merecedor deste título. Composto por 126 capítulos, divididos em duas partes, que surgem em 1605 e 1615, relata a história de um pequeno fidalgo castelhano que procura imitar a audácia dos seus heróis favoritos. Cansado de ler as suas peripécias, parte à aventura, na companhia de Sancho Pança, o seu fiel amigo e companheiro de jornada.
A acção desenrola-se por terras de La Mancha, de Aragão e da Catalunha, locais em que Dom Quixote vive episódios resultantes de um misto de fantasia e realidade, revelando-se hilariantes.
Quer seja ou não a melhor obra literária de sempre, “Dom Quixote” é considerado o maior título alguma vez escrito em castelhano. Cervantes nasceu em 1547 em Alcaná de Henares e a sua maior obra foi engendrada na prisão. Entre a primeira e a segunda parte, surge, em 1614, uma obra escrita por Alonso Fernández de Avellaneda, cujo objectivo era ser uma falta continuação da obra de Miguel de Cervantes Saavedra.