
Praticar desporto é algo que toda a gente devia fazer ou, pelo menos, experimentar. Nem todos terão aptidão, talento, gosto ou capacidade para as mesmas modalidades, mas a panóplia de escolha é tão vasta que isso não constitui desculpa para ocultar a preguiça e o comodismo.
Assiste-se a jogos e outras competições nos estádios ou pela televisão e fica-se com uma certa inveja dos atletas de alta competição, pois, embora pareça simples o que eles fazem, quando se tenta imitá-los a frustração é inevitável. Porque é que uma pessoa se cansa tanto a correr um bocadinho e o Obikwelu, qual Speedy Gonzalez, aparenta estar fresco que nem uma alface depois de tanto esforço? E será que os jogadores de futebol têm algum GPS nas sapatilhas para conseguirem chutar de forma tão certeira, colocando a bola onde querem? E porque é que a nossa raqueta de ténis falha, enquanto a da Sharapova acerta quase sempre? É simples… Falta de treino!
De facto, além das extraordinárias qualidades, as estrelas desportivas não se coíbem de dar o corpo ao manifesto, treinando arduamente várias horas por dia. Isto não seria suficiente para um “leigo” alcançar a meta dos 100 metros em menos de dez segundos, mas praticar desporto é útil para aliviar o tão badalado stress e para agilizar todos os nossos mecanismos, contribuindo, deste modo, para uma vida mais saudável.
Desde que o Homem deixou de ter necessidade de caçar, lutar contra rivais, cultivar para comer, e levar a cabo outras actividades físicas de sobrevivência, acomodou-se ao seu dolce fare niente (o doce fazer nada), tornando-se, de repente, num sedentário crónico: “caça-se” no talho, “luta-se” por um cargo de destaque no emprego, “cultiva-se” nos restaurantes ou até no sofá da sala quando se encomenda uma pizza. A questão é que o sedentarismo traz problemas associados, entre os quais se incluem a obesidade, complicações cardiovasculares, diabetes, …
Em determinadas situações, como a de um cão furibundo a perseguir-nos, é que se vê o jeito que dá estar em forma. Um gorducho que mal é capaz de levantar o seu peso com os braços, dificilmente escapará à fúria do animal, enquanto um desportista que salta um muro como quem desce uma escada se porá rapidamente a salvo. Quem diz fugir a um cão raivoso, diz apanhar um gatuno ou… o autocarro!
Substitua o “desporto” da televisão, dos jogos de computador e do conforto do maple por uma verdadeira disciplina corporal. Estabeleça o seu plano de treinos, de acordo com as suas circunstâncias e/ou limites pessoais, mas mexa-se! Não perca a carreira da vida…