
Afinal, a bicicleta não é o único meio de transporte onde a “besta” puxa sentada, salvo seja.
Os caiaques, que são muito semelhantes às canoas, também exigem ser impelidos pelas águas através do vigor impresso aos remos.E, em princípio, não dá jeito nenhum remar de pé, de joelhos ou de cócoras…
Os caiaques nasceram na Gronelândia e constituíam um meio de trabalho dos esquimós, nomeadamente no sector da pesca. Aliás, caiaque na língua local significa, precisamente, “barco de caçador”. Uma caçada solitária, já que o comum destas embarcações admite unicamente um ocupante.
Não se trata de estruturas propriamente familiares que permitam passeios domingueiros com a parentela, atravessando o gélido Mar do Norte para avistar
baleias, focas e outros hipotéticos animais que, ancestralmente, serviam de matéria-prima à construção dos próprios caiaques.
Descendentes destes barcos primitivos, destinados a contribuir para a sobrevivência das populações de então, os modernos caiaques, já reforçados com fibra de vidro, são concebidos para a canoagem, um
desporto saudável e bastante seguro, desde que tidas em linha de conta algumas precauções básicas.
Se os antigos cá voltassem e vissem isto, bem podiam associar-se à máxima de “levar o trabalho na desportiva”…
Independentemente do motivo pelo qual se decida entrar num caiaque, saber nadar constitui, obviamente, o primeiro e mais evidente requisito para alguém que se propõe conduzir um veículo aquático…!
É também importante que, previamente, se tenham feito alguns exercícios de aquecimento, não só dos braços como das pernas. Ainda que se ostente a medalha de ouro da natação, esse facto não dispensa o uso de colete salva-vidas (e vice-versa).
Quando se sai para distâncias longas, deve procurar-se companhia. Por razões de segurança, é bom que a cabeça esteja coberta com um capacete, não vá haver imprevistos e, de repente, ficar-se com uma mente mais aberta…