
Os cortinados e os estores protegem dos olhares indiscretos, quando para tal são concebidos. Sim, porque podem destinar-se simplesmente a diminuir a intensidade da entrada da luz.
Há-os de todos os tamanhos, cores e feitios, mas, olhando para uma janela, porta ou marquise, é possível delinear o perfil estético dos habitantes desse espaço (ou, em última análise, do (a) decorador (a)…).
Quando se vêem uns trapos dependurados, nos quais nem se consegue identificar exactamente um padrão, dando a sensação de terem resultado dos retalhos das rodilhas da cozinha, tem-se absoluta certeza de se estar na presença, ou de alguém com graves
problemas oftalmológicos, ou, em casos menos sérios, de uma pessoa dita pacóvia.
Seria difícil imaginar uma casa sem cortinados nem estores.
Um ambiente assim desprovido de guarnição remete para uma certa desprotecção, ausência de privacidade, falta de segurança. Dá a impressão de que o aconchego do lar fica comprometido.
Sobretudo os
cortinados, e nomeadamente se forem bem compridos, fazem imenso jeito quando se tem gatos jovens em casa; é aí que eles se adoram baloiçar, treinando as acrobacias que depois apresentam orgulhosos aos donos, sob o olhar, normalmente, indignado e furioso destes.
E são igualmente óptimos para as crianças brincarem às escondidas. Já para não falar do apoio fantástico que constituem para aquelas que começam a dar os seus primeiros passos…
O bom de cortinados e estores, para além de poderem favorecer bastante a ornamentação de um habitat, é que são reguláveis e adaptam-se a variadíssimos gostos, necessidades e desejos.