rua-direita rua-direita publicou: A história do jardim e seus tipos
Os jardins vieram junto com a criação do mundo. Segundo o Gênesis I e II da religião católica, o primeiro jardim a ser apresentado ao homem foi o do paraíso, criado por Deus, e no qual Adão e Eva foram os primeiros habitantes. A composição de flores, folhas, vegetações e animais eram perfeitas neste jardim.

Com a evolução das civilizações, a ciência e a tecnologia aprimoraram-se e o paisagismo ocupou lugar de destaque nas atividades. Nas civilizações da antiguidade pode-se observar a prática da agricultura e a evolução de técnicas de irrigação e drenagem que possibilitaram a construção de hortas e pomares, simbolizando a fertilidade, a força da natureza e o belo.

A Mesopotâmia, com os jardins suspensos da Babilônia, uma das maravilhas do mundo antigo, o Egito, com a simetria rigorosa dos jardins, a Pérsia, com os “jardins-paraíso”, encontrados próximos aos palácios, a Grécia, com a confeção de jardins mais simples e próximos às casas, Roma, com os jardins meramente recreativos, destinados ao descanso, a China, com os jardins “lago-ilha”, uma fantasia oriental de que poderia haver um jardim da imortalidade e o Japão, com a valorização das plantas e do que é realmente essencial, seguindo a antiga filosofia oriental japonesa fazem parte da história dessa expressão artística que hoje continua sendo muito valorizada: o paisagismo.

Na Idade Média houve uma ruptura com os estilos de jardins anteriores. O paisagismo dessa época caracteriza-se pelo estilo gótico e destinava-se mais a jardins familiares. Já no Renascimento houve uma revolução no pensamento humano, renovando além das áreas das artes, cultura e ciências, a história dos jardins. Os jardins dessa época passaram a retomar alguns elementos dos jardins antigos.

Na Itália eram compostos por terrenos maiores, belamente arquitetados com prolongações e galerias externas, servindo de retiro intelectual para artistas e pensadores. A França a princípio seguiu o estrilo medieval de jardim, mas com o passar do tempo, foi transformando seu estilo baseando-se nos jardins italianos, demonstrando grandiosidade e simetria. Na Inglaterra, os jardins adquiriram formas mais graciosas, com vegetações de tonalidades diferentes, pouco número de árvores, ruínas e pequenos bosques. Dois séculos depois, os ingleses criaram os parques e jardins públicos.

Atualmente podem-se destacar alguns estilos de jardins. São eles: o Formal ou Clássico, com forma e composição simétrica e geométrica, o Desértico ou Rochoso, caracterizado por uma paisagem árida e a inclusão de oásis, o Japonês, recheado de simbolismo e adoração às formas naturais, com a presença significativa de pedras e água corrente, o Tropical, com muito verde e flores, pretendendo simular a beleza de uma ilha paradisíaca tropical, o Rural, ambientado em sítios e fazendas, possuindo um estilo mais romântico, o Colonial, incorporando materiais da época colonial e com a presença de fontes e lagos e o estilo Contemporâneo, mais praticado hoje em dia, devido à liberdade da forma que apresenta.

Em um jardim Contemporâneo, a arquitetura do local é integrada à composição do jardim. Sua criação é livre, não seguindo nenhuma rigidez e pode incluir mais de um estilo na sua construção.