
Não é em vão que a Natureza é tão rica e possui variadas espécies de seres vivos. Ao espalhar o todo-poderoso, com mão liberal, os Seus socorros a Natureza, previu cada uma das nossas necessidades, cada uma das nossas dores. Não há dor que não possa ser aliviada, nem necessidade que não possa ser provida pelos meios que estão ao nosso alcance na Natureza.
A ciência terapêutica data da remota antiguidade. Não queremos dizer que remonte ao começo do mundo, porque o homem foi criado perfeito, sem o menor vestígio de propensão para a enfermidade. Mas, durante milhares de anos decorridos desde a sua criação, sua resistência física dominui grandemente, em virtude de seu desrespeito às leis da Natureza. A raça humana só não se extinguiu ainda, por este processo de contínua degeneração, graças ao colossal poder de resistência de que fora dotado o primeiro homem. Se, apesar dessa contínua degeneração, o homem, hoje, ainda consegue atingir idades avançadas – 80, 100, 120 anos – não nos é difícil compreender como o homem há uns cinco milênios chegava a viver mais de 200 anos, como sabemos dos antediluvianos.
Foi especialmente do dilúvio para cá que a degeneração se tornou mais pronunciada. Desde então, especialmente, é que a humanidade tem decaído mais e mais, transmitindo enfermidades sobre enfermidades de pais para filhos.
E desde que começaram a aparecer enfermidades, os homens, como é lógico, trataram de combatê-las como melhor sabiam. A Natureza foi, sem dúvida, o primeiro médico, o primeiro remédio, a primeira farmácia a que o homem recorreu.
Muitas plantas são valiosas por estimularem ou regularizarem o funcionamento de certos órgãos. Elas são indispensáveis para o homem.
A medicina moderna, infelizmente, suplantou esse tão importante fator curativo das plantas, com produtos químicos. Prevalece, hoje, no mundo civilizado, a teoria: “Veneno contra veneno”.
Além das funções medicinais e de alimentação, as plantas purificam o ar que respiramos.
As enormes quantidades de gases poluentes desprendidas diariamente pelas fábricas e automóveis, e as grandes massas de CO2 exaladas pelos mais de 6,6 bilhões de seres humanos existentes sobre o globo terrestre, contaminam a atmosfera. Mas o sábio criador dispôs as coisas de tal maneira que, por uma lei de compensação, o gás carbônico é continuamente reabsorvido, para purificar a atmosfera, em processo ininterrupto. É ao reino vegetal que cabe, em parte, a incumbência de absorver os gases prejudiciais e devolver o oxigênio do ar.
Os vegetais contêm todas as substâncias de que o homem necessita para manter-se sadio ou para recuperar a saúde. Assim é, e não poderia ser diferente, pois a Natureza é perfeita. Nada tem demais, e nada tem de menos.