rua-direita rua-direita publicou: Óleo de argão – “O ouro líquido de Marrocos” (Parte I)
O óleo de argão tem sido uma das coqueluches da indústria cosmética mundial devido às suas reconhecidas virtudes e especialmente aos seus benefícios anti-envelhecimento da pele.

Este valioso óleo é extraído da argânia, um pequeno arbusto que cresce ao longo da costa de Marrocos, ao sul de Essaouira e a sua produção é um segredo muito bem guardado pelas mulheres Berberes que começaram a usá-lo há imenso tempo quando descobriram os benefícios incríveis que traziam para a sua pele estragada devido ao clima árido e aos ventos de Marrocos.

São elas que recolhem e extraem o óleo de argão através de métodos totalmente artesanais. A produção de alguns mililitros deste óleo exige muitas horas de trabalho árduo em condições deveras agrestes.

Grande parte da produção está concentrada em cooperativas formadas e geridas por mulheres Berberes que se dedicam a este trabalho.

Uma das especialistas nesta matéria, a Madame KATIM ALAOUI (Professora de Farmacologia na Faculdade de Medicina e de Farmácia de Rabat, Diretora Geral da Fundação Mohamed VI), resume assim as virtudes deste óleo: "As propriedades cosméticas do óleo de argão são excecionais: a sua riqueza em ácidos gordos essenciais, sobretudo ómega 6, confere-lhe um forte poder nutritivo, regenerador e regulador da permeabilidade da pele. A vitamina E, poderoso anti-radicalar, e os fito-esteróis, com propriedades revitalizantes e hidratantes, multiplicam a sua eficácia anti-envelhecimento."

A disponibilidade deste óleo no mercado é muito escassa, e por isso um litro de óleo de argão puro pode atingir preços exorbitantes.

Muitas empresas da indústria cosmética enviam regularmente responsáveis a alguns mercados marroquinos onde este óleo pode ser encontrado e transacionado. No entanto, encontrar fornecedores confiáveis ou vendedores que disponibilizem o óleo em estado puro ou com uma concentração elevada não é tarefa fácil, e mesmo pagando o preço elevado exigido pelos vendedores que o têm em estado mais puro existe sempre o risco de haver trapaça.

Obviamente, as empresas que compram em quantidades mais significativas não correm esse risco porque mandam sempre analisar o óleo em laboratórios para se certificarem que o produto que estão a comprar é realmente de qualidade e que não estão a ser enganadas.