
Bons barcos devem atender aos requisitos básicos de qualidade, durabilidade e segurança, e podem ser feitos de materiais diversificados e por distintos métodos de fabricação.
O processo Ply-Glass cria produto insuperável, rígido, com pouco peso e isolamento térmico adequado. Embora talhados em corte longitudinal e cascos poligonais, desenhos apropriados e construção caprichada, permitem que estes barcos sejam bastante atraentes. O revestimento de resina de vidro, sobre a
madeira compensada, reduz a vulnerabilidade, e o difícil lixamento externo evita a deterioração da madeira. Mesmo usadas intensivamente, estas embarcações dispensam manutenção frequente e duram decênios, sem quaisquer sinais de envelhecimento.
Economia e rapidez na construção são características do método Strip-Planking, que produz barco forte e durável. O casco, feito em seções, recebe revestimento de ripas preparadas separadamente e emendadas até o tamanho pretendido. A colagem e saturação requerem atenções especiais, com aplicação de resina nos lados externo e interno do casco. Tecidos de vidro reforçam a estrutura e proporcionam mais proteção, elevando a vida útil do barco, requerendo raras manutenções.
Para
barcos mais sofisticados, o processo Laminado Moldado é o mais indicado e se resume na colagem de camadas de tábuas finas, em direções distintas. As superfícies, recobertas com epoxy, têm o tecido de vidro como reforço. Dispensando-se a estrutura transversal, a espessura do casco é reforçada e aplica-se verniz no acabamento. Os resultados são produtos leves e resistentes, de uma beleza ímpar.
Os de recreação são fabricados, preferencialmente, com Fibra de Vidro, e são mais valorizados. Pelo alto custo da matriz, são feitos em série. Amadoristicamente, o casco é produzido a partir de um modelo precário, e a laminação sobre molde já protegido, torna a embarcação mais duradoura.
Quando destinados a competições e cruzeiros são construídos pelo método Sanduiche que utiliza espuma de P.V.C. ou Balsa no enchimento, e é indicado em processos profissionais. Suas embarcações são leves e robustas, com adequado isolamento tanto térmico, quanto acústico.
Na Europa, os barcos em aço são os preferidos, especialmente para cruzeiros de longo percurso. A matéria-prima é barata, fácil de encontrar e garante um produto especialmente forte. Em caso de avarias é reparado rapidamente em qualquer região e sua vulnerabilidade à corrosão tem sido reduzida com camadas de epoxy.
No Brasil, há projetos para se substituir o aço. Embora mais caro e trabalhoso para soldagem, o alumínio torna os barcos mais leves, menos propensos à corrosão e mais velozes. Perfeitos.