
O barco, para além de um instrumento de trabalho para pescadores, elementos da Marinha e outros que, de uma maneira ou de outra fazem do mar o seu ganha-pão, constitui um meio de transporte bastante escolhido por quem pretende passeios calmos, descontraídos, diferentes. Efectivamente, o turismo náutico tem apresentado um apreciável desenvolvimento.
Os barcos à vela facultam um contacto mais intimista com a Natureza. Trata-se de uma relação mútua de rendição e deslumbramento, em que se faz a descoberta, em plenitude, de tudo o que o mar e o vento têm para oferecer. Há já empresas que alugam veleiros, com ou sem tripulação, proporcionando a vivência de uma temporada suigéneres. Se se quiser enveredar pela modalidade de “apartamento flutuante”, algumas marinas disponibilizam os chamados charters. Para conhecer rios e descortinar todos os recantos e segredos que ocultam, para além de desfrutar da paisagem e poder praticar esqui aquático e wakeboard, entre outros desportos radicais, é melhor o barco a motor.
Independentemente do tipo de barco, uma pessoa que deseje adquirir um exemplar destes deverá recolher informações precisas e detalhadas acerca das características e leque de alternativas. Um investimento tão caro não se compadece com pressas ou caprichos. É necessário medir todos os factores e estudar devidamente a equação dos diversos vectores. Primeiro, há que definir quem irá utilizar o barco. Se houver familiares envolvidos, será de toda a conveniência inclui-los na escolha, para evitar concorrências desleais… Paralelamente, é preciso ter em conta se o objectivo é andar perto da costa ou se o barco se destina à travessia marítima. Os costeiros não exigem tanta solidez nem o transporte de grandes quantidades de água nem combustível. Por outro lado, para longas viagens é ideal que o barco eleito seja de metal, por ser mais resistente do que os de plástico e madeira. Em qualquer dos casos, a profundidade do barco deve ser correspondente à dos locais onde se pensa navegar.
Depois de seleccionado o tipo de embarcação, determina-se se se manda construí-la nalgum estaleiro, sob indicações de design e propriedades especificadas pelo proprietário, ou se se compra já pronta. É preciso ter em atenção que um barco perde cerca de 20 por cento do seu valor anualmente ao ser revendido. Neste sentido, e para assegurar maior liquidez, pode compensar firmar contrato com algum estaleiro reconhecido no mercado, uma vez que a desvalorização é menor. Aliás, o cúmulo para um construtor de barcos é, justamente, ter os seus negócios de vento em popa!