
Há quem diga que na Idade Média os tractores eram puxados por bois, porque não havia gasolina. Hoje em dia, e apesar das flutuações do preço do “ouro líquido”, o que mais se vê são “tractores”, geralmente com a capacidade de lotação bastante subaproveitada, a transportar uma única alma, ou no máximo duas, para o emprego ou outro sítio qualquer, em regime diário. Queima-se combustível e dinheiro desnecessariamente. Muitos condutores são mais burros do que bois, já que entre familiares, colegas e vizinhos, certamente alguém trilhará o mesmo trajecto, ou parte dele, e, para além da companhia, conseguia-se redução nos gastos para todos e dava-se uma “prenda” ao Ambiente. Também se pouparia imenso tempo, pois as filas de trânsito estariam circunscritas ao absolutamente indispensável. Mas pronto, cada tempo com os seus animais de eleição…
Por falar deles, há uma espécie obrigatória em todas as viaturas automóveis: o macaco. Claro que, nalguns casos, este transforma-se em gorila, mas isso são situações pontuais de relevância discutível…
O que também parece contestável é o uso do pisca-pisca. Já se ouvem, inclusive, uns zum-zuns de que vão retirar esses acessórios, perfeitamente fúteis no entender de inúmeras pessoas, que só os utilizam, quando o fazem, para dizer que já viraram! Provavelmente, comungam da opinião do aprendiz de mecânico que, animado a verificar se os piscas que o patrão acabara de arranjar estavam ou não a funcionar, declarou: «Estão… Não estão… Estão… Não estão…» Esta coisa da mecânica é mesmo complicada!
O que não aparenta manifestar qualquer intermitência é a velocidade praticada por muitos ao volante. Poderá prender-se com o facto de se possuir uma super “pata”, isto é, um pé com invulgar robustez, que aplica no acelerador uma força suigéneres e, obviamente, inadvertida. Porém, há que ter atenção pois as advertências são mais que muitas e não consta que haja descontos para os “clientes” habituais das multas…!
Paralelamente, um grande número de acidentes dá-se por excesso de pressa, e a prevenção é sempre o melhor remédio. A mecha a que alguns cedem pode ainda levar à prisão. Conduzir a uma velocidade “incombatível” (como aparece escrito em relatórios policiais de ocorrências na estrada) com determinados locais e regras, é crime punível com pena de reclusão. Estes exageros são mesmo passíveis de desencadear vicissitudes que conduzem à morte. Neste caso, os profissionais mais iluminados relatariam que «quando a polícia chegou ao local, o cadáver encontrava-se rigorosamente imóvel». Ufa, ainda bem! Era o que mais faltava, um defunto aos pulos na berma a reclamar um caixão com urgência! Não se trata de nenhuma profecia da desgraça, mas a verdade é que ninguém gostava de protagonizar a sério esse cadáver…