
Os ovos constituem, desde tempos imemoráveis, uma nutritiva opção alimentar. Na realidade, eles são um óptimo alimento, contendo substâncias essenciais ao organismo, enquanto dinamizadoras de um crescimento harmonioso e de bem-estar. São fáceis de cozinhar e baratos, pelo que o seu consumo está disseminado pelo mundo.
O ovo faculta a confecção de diversos pratos e integra um sem-número de iguarias bastante apreciadas. Em acréscimo, possui um mensurável valor nutritivo e haverá pouca gente que não goste do seu sabor. A outros, o consumo é vedado por questões alérgicas ou restrições afectas a situações de saúde específicas.
Em determinadas culturas, o ovo é o símbolo da vida. É exactamente por isso que se comem ovos na Páscoa, cozidos no folar ou de chocolate, como sinal de renascimento da vida. Está-se na Primavera e tudo brota de novo, como que ressurgindo.
Todavia, seguindo o adágio popular que diz que «o que é demais é moléstia», constata-se que hoje se consomem ovos em excesso, parte dos quais de forma inconsciente. A explicação reside no facto de que eles se encontram “disfarçados”, “ocultos”, em alimentos que se ingerem com frequência e que incluem bolos, bolachas, molhos com que se regam as sandes, pães-de-leite, etcétera. E o exagero de ovos na dieta alimentar é susceptível de provocar alterações na composição do sangue e tornar mais difícil a actividade do fígado e do coração. Por outro lado, eliminar os ovos da alimentação também não é uma escolha razoável. Efectivamente, o segredo reside na ingestão da quantidade adequada, que ajuda o organismo a manter-se saudável. Dois ou três ovos por semana é o suficiente.
Para aferir acerca da frescura de um ovo, basta colocá-lo numa tigela com água e uma colher de sal grosso, deixando que este se dissolva. Se for fresco, o ovo irá ao fundo, inclinando-se para um dos lados; se tive menos de uma semana, ficará ao nível da água, com um dos pólos virados para cima; se foi posto há 8-10 dias, tenderá a boiar à superfície, em posição horizontal. Esta experiência tem como base uma bolha de ar que se encontra sob a casca do ovo, e que se vai aumentando de tamanho com o passar dos dias.
Quando se fala de ovos, tem, quase obrigatoriamente, de se fazer menção às galinhas, e então emerge a eterna questão: Quem apareceu primeiro: o ovo ou a galinha? A resposta afigura-se, invariavelmente, difícil, a tender para o impossível, com conclusões, geralmente, nulas. O poeta alemão Johann Scheffler (mais conhecido por Selenius), que viveu em 1600, tinha uma opinião, no mínimo, interessante: «O ovo está na galinha e a galinha está no ovo.»