rua-direita rua-direita publicou: Prós e contras da cafeína...
A cafeína é uma substância iminentemente “activa”. Está contemplada nos regulamentos de doping de todas as federações desportivas. Mesmo um consumo moderado de café pode “acusar” nos controlos.

O Conselho da Associação Médica dos Estados Unidos para Assuntos Científicos (American Medical Association on Scientific Affairs) sugere que se consumam até 250 mg de cafeína por dia. O café expresso é o que apresenta maior concentração (250 a 330 mg por duas chávenas de bebida). Contudo, o chamado descafeinado também não é totalmente isento de cafeína, tal como o café tradicional (denominado “café as velhas”) e o solúvel, o chá (preparado e instantâneo), o chocolate, as colas, inclusive as diet, e diversos refrigerantes.

Como vantagens do consumo de cafeína, em doses aconselháveis, podem apontar-se o estado de maior alerta, um incremento da boa disposição, uma redução da fadiga, um auxílio em termos respiratórios, em caso de asma, e um alívio das dores de cabeça. Em acréscimo, trata-se de um hábito fácil de erradicar, se nos dermos conta de que estamos a ficar excessivamente dependentes, isto, naturalmente, quando se fala de doses minimamente normais.

No outro prato da balança pesam alguns inconvenientes. A dependência da cafeína torna-se uma possibilidade depois de um extenso período de uso intensivo, após o qual, pretendendo deixar a cafeína de forma repentina, se pode sofrer de ressaca, que consta de dores de cabeça fortes e, eventualmente, depressão. Paralelamente, ela é passível de interferir com o sono, despoletando insónias. Em demasia, pode ainda provocar nervosismo, irritabilidade, ansiedade exacerbada, e, por vezes, tremura nas mãos. Por outro lado, pode fazer aumentar a tensão arterial e o ritmo cardíaco, o que constitui um hipotético input para as doenças cardiovasculares. É susceptível de desencadear, igualmente, problemas estomacais e, se tragada em grandes quantidades, diarreia. Uma vez que cria habituação, o organismo precisa de porções sempre superiores para obter um efeito semelhante, para conseguir a mesma eficácia; possui um mecanismo idêntico ao do tabaco (relativamente à nicotina), ao álcool ou às drogas. A cafeína é ainda capaz de estimular desmedidamente o organismo, causando uma libertação de adrenalina em percentagens perigosas, e, em acréscimo, levar à prática de exercício físico acima dos níveis seguros.

Do exposto, conclui-se que, se é remédio para certas situações, tem o condão de constituir um grande mal noutras tantas. Portanto, reveja e pondere o seu consumo diário de cafeína, para que não morra do mal nem da cura!