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Arquipélago de Cabo Verde

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Viagens
Visitas: 2
Comentários: 5
Arquipélago de Cabo Verde

São dez ilhas e cinco ilhéus, todos de origem vulcânica (o ponto mais alto é precisamente o vulcão do pico do Fogo), que formam o arquipélago de Cabo Verde, perfazendo uma superfície de 4033km quadrados. Com uma temperatura média de 24ºC, Cabo Verde tem um clima tropical seco com duas estações: de novembro a julho é época da estação quente, sendo que a estação húmida compreende o período entre agosto e outubro. Mesmo na estação húmida as temperaturas mantêm-se amenas, variando entre os 19 e os 25ºC. A capital de Cabo Verde é Praia, a língua oficial é o português (falando-se também crioulo) e a religião é predominantemente católica.

Os marinheiros portugueses encontraram as ilhas de Cabo Verde corria o ano de 1460 e, devido à sua posição geográfica privilegiada, serviram durante muito tempo ao comércio marítimo, destacadamente o tráfico de escravos. Com o declínio e posterior término deste, muitos europeus abandonam Cabo Verde, entrando o arquipélago em recessão económica. A isto acresce as más condições climatéricas, com largos períodos de seca (não é infrequente não se verificar precipitação em Cabo Verde durante alguns anos consecutivos). Ora, sendo a economia cabo-verdiana após a debandada dos europeus baseada na agricultura, em ilhas com falta de precipitação, é possível imaginar o pobre estado em que economia cabo-verdiana se encontrava mergulhada. Com a independência de Cabo Verde face a Portugal, em 1975, o governo investiu nas áreas rurais. Nos dias que correm, são as importações que estão na base da economia cabo-verdiana, mantendo-se no entanto sensivelmente metade da população ativa dedicada à agricultura, pese embora as dificuldades da sua prática. A seca é uma característica tão típica do arquipélago de Cabo-Verde que é uma das principais, senão a principal, causa do forte movimento de emigração que é sentido.

Durante a ocupação europeia, na sua maioria portuguesa, as relações entre cabo-verdianos negros e caucasianos deram origem aos mestiços, que compõem hoje a maioria da população das ilhas. E se isto conferiu um cariz único à população cabo-verdiana, não foi apenas no plano étnico que se fez sentir: também a língua crioula, a música e a gastronomia distinguem Cabo-Verde.

Sofia Nunes

Título: Arquipélago de Cabo Verde

Autor: Sofia Nunes (todos os textos)

Visitas: 2

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Comentários     ( 5 )    recentes

  • Luene ZarcoLuene

    29-09-2014 às 14:44:12

    Adorei saber sobre o Arquipélago de Cabo Verde. Obrigada!

    ¬ Responder
  • SophiaSophia

    20-04-2014 às 17:03:26

    A Rua Direita recomenda a todos conhecerem!

    ¬ Responder
  • lisa

    03-07-2013 às 12:06:52

    isso e uma carnisa

    ¬ Responder
  • lisa

    03-07-2013 às 12:06:11

    isso e uma carnisa

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãolisa

    03-07-2013 às 12:05:14

    isso e uma carnisa

    ¬ Responder

Comentários - Arquipélago de Cabo Verde

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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