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Uma viagem à Jamaica

Categoria: Viagens
Comentários: 2
Uma viagem à Jamaica

«Out of many, one people» («A partir de muitos, um só povo»), é este o lema da nação jamaicana, que reflecte bem a simultânea heterogeneidade e união de um povo e de um país singularmente exóticos.

Esta ilha caribenha, situada a cerca de 145 quilómetros a sul de Cuba e a 190 quilómetros a oeste do Haiti e República Dominicana, prima pela originalidade a vários níveis, como o histórico, cultural, desportivo ou religioso.

Assim, saiba que esta ilha de florestação densa, ornada de imensos planaltos, montanhas baixas, praias tipicamente tropicais (com um areal fino e limpíssimo e uma água assombrosamente azul) e temperaturas que oscilam entre os 25º e os 38º graus, tivera o nome original (atribuído pelos índios aruaques) de Xamayca, que significa «manancial». Este nome justifica-se através da presença de imensos cursos de água, cascatas e fontes que povoam a ilha. Historicamente, os índios aruaques (agricultores, pescadores e recolectores e extremamente pacíficos) foram os primeiros habitantes da ilha. Em 1494, Cristóvão Colombo chega à mesma e Espanha reclama-a para si. Em 1670, os britânicos conseguem conquistá-la e, durante os duzentos anos seguintes, a produção e exportação de cana-de-açúcar atinge os níveis mais elevados do mundo, graças à exploração impiedosa dos escravos africanos, que acabaram por se revoltar, conduzindo à abolição da escravatura em 1838. A Jamaica alcançou a independência de Inglaterra em 1962.

Em termos culturais e religiosos, a ilha prima pela miscigenação de ideias e credos. A mistura de populações aruaques, africanas, latinas e inglesas, bem como outros povos imigrantes (hindus, por exemplo) conduziu, por um lado, à presença de várias religiões reconhecidas na ilha, como o cristianismo, o anglicanismo e, mesmo o judaísmo. É, aliás, influência judaica a proibição de cortar os dreadlocks (tranças). O voodoo é também presença assente na ilha, que viu nascer uma religião com uma expressão inteiramente nova, o Rastafari, a que se associa o Reggae-music. Esta religião combina elementos oriundos do cristianismo ortodoxo, do islamismo e do judaísmo e representa uma revolta contra a dominação inglesa sobre os escravos africanos. O Reggae é a expressão musical desta religião e caracteriza-se por um ritmo hipnótico de tambores, a que se aliam os doces sons de guitarras e dos blues norte-americanos. Bob Marley, para sempre um ícone da Jamaica, foi o principal precursor deste estilo de música (e de vida).

Finalmente, em termos desportivos, fique a saber que os atletas velocistas jamaicanos estão entre os maiores vencedores de títulos mundiais e olímpicos (o que é explicado através do facto de os escravos africanos que conseguiam chegar à ilha serem os mais resistentes, pois a Jamaica era o último destino, nas Américas, de uma viagem duríssima). Merlene Ottey e Usain Bolt (herdeiros dos genes de elevada resistência dos seus antepassados) estão entre os nomes mais conhecidos.

E quando viajar até este maravilhoso país, não se esqueça de se entregar por completo – nem que seja só por sete dias – à cultura e à música que vibram no ar.


Isabel Rodrigues

Título: Uma viagem à Jamaica

Autor: Isabel Rodrigues (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • SophiaSophia

    20-04-2014 às 17:49:24

    A Rua Direita agradece pelo texto!

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoGui

    25-08-2009 às 11:08:21

    Já estive na Jamaica, este país é sem duvida bastante interessante, a cultura é magifica e o seu clima tropical é o sonho de qualquer um. Um bom local para viajar!

    ¬ Responder

Comentários - Uma viagem à Jamaica

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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