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Olhão – terra de pescadores e dos melhores mercados do país

Categoria: Viagens
Comentários: 1
Olhão – terra de pescadores e dos melhores mercados do país

Olhão é uma pitoresca cidade da costa algarvia, com ruelas estreitas e casas em tons de azul e branco com chaminés em algeroz. O cenário de cor completa-se com a coloração avermelhada dos mercados municipais e as vivas tonalidades dos barcos de pesca, ou não fosse esta uma terra de pescadores. Aliás, foi precisamente a abundância de peixe que atraiu desde tempos imemoráveis para este local não só pescadores como industriais das conservas.

Até ao século xviii, o areal de Olhão resumia-se a um aglomerado de toscas construções feitas de madeira, canas e palha, pois a edificação de pedra e cal não era autorizada. Não obstante, os filhos da terra queriam uma igreja digna, e desse desejo nasceu a ermida de Nossa Senhora da Soledade, presentemente conhecida também como igreja pequena. Estava, deste modo, erigido o primeiro edifício de alvenaria de Olhão, que serviu de igreja matriz até à construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no século xvii, bem no centro da cidade, com donativos dos pescadores. Situada na Praça da Restauração, possui uma fachada barroca esplendidamente decorada, onde sobressaem o escudo do frontão, ladeado por dois anjos. A torre sineira ainda hoje se destaca entre o casario. Na retaguarda da igreja localiza-se a capela de Nossa Senhora dos Aflitos, a quem, por razões óbvias, os pescadores têm grande devoção.

Se a igreja integra a parte principal do coração da cidade, os mercados municipais e o porto de pesca dominam a zona ribeirinha. Duas áreas de espaços verdes assumem aqui particular destaque: o Jardim do Patrão Joaquim Lopes e o Jardim do Pescador Olhanense.

Os mercados municipais foram construídos em 1915 e renovados em 1998, e são considerados os melhores de Portugal, em termos de higiene e qualidade. Trata-se de um edifício para a venda de peixe e outro para o comércio de produtos hortícolas e fruta, onde a vivacidade típica agita os ânimos.

No porto de pesca é possível assistir à chegada dos barcos e às lides próprias das gentes do mar, desde que se chegue bem cedo, está claro. O amanhecer propicia o regresso das embarcações que trazem peixe fresquinho.

As esplanadas junto aos mercados e a Rua do Comércio (primeira rua pedonal do país, inaugurada em 1933) convocam à descontracção. Já as ruas laterais da Avenida da República, com casas de fachadas enobrecidas por varandas, azulejos, cantarias e ferro forjado, evocam o enriquecimento de industriais e mareantes, proporcionado pelas conservas e pelo comércio.

Para terminar, falta visitar o edifício do Compromisso Marítimo, dotado de uma fachada marcada pelos dois telhados do tesouro, patenteando no meio uma cúpula de capela. Aqui vigora, no presente, o Museu da Cidade. Uma caminhada pelo Parque Natural da Ria Formosa constitui uma excelente opção para culminar a visita. Ponha-se a caminho!


Maria Bijóias

Título: Olhão – terra de pescadores e dos melhores mercados do país

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • SophiaSophia

    13-06-2014 às 18:37:02

    Como é bom viajar e conhecer lugares como Olhão - a terra dos pescadores. Bem, adoro peixe, então, iria me fartar aí...ehheh
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

Comentários - Olhão – terra de pescadores e dos melhores mercados do país

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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