Macau – chegar a casa do outro lado do mundo
Com ruas assaz movimentadas e barulhentas e templos e jardins onde impera o silêncio (que não traduz, contudo, ociosidade ou momentos de paragem), Macau haveria de ficar para sempre marcada por algo que se entranhou na sua própria alma: a multiculturalidade.
A presença portuguesa mistura-se com a cultura chinesa e o resultado é uma mescla de sabores a todos os níveis: texturas ocidentais com especiarias do Oriente; igualdade entre religiões como o Budismo, o Confucionismo, o Taoísmo, o Catolicismo, o Protestantismo, o Islamismo, a fé Bahá’í e as práticas ancestrais chinesas; preservação de património que inclui fortalezas, palácios, moradias coloniais, igrejas dos séculos xvi a xviii, templos com mais de 800 anos e, inclusive, um centro histórico que a UNESCO decretou Património Mundial.
O Largo do Senado (pavimentado com calçada portuguesa), os Largos de Camões, de S. Domingos e da Sé, as ruínas de S. Paulo, as igrejas de Santo António, de S. Lourenço e de S. Domingos, a Fortaleza do Monte (que ainda ostenta os 22 canhões com que os Portugueses derrotaram a marinha holandesa, disposta a conquistar Macau, a Fortaleza da Guia, com o farol e a capela de Nossa Senhora da Guia, para além do cheirinho a pastéis de nata na rua denotam ainda uma forte presença portuguesa no território. De facto, numa terra que nem sequer é cristã veem-se iluminações de Natal e presépios espalhados por todo o lado, o que designa tolerância, respeito, abertura, visão universal, reconhecimento de pertença assente numa determinada cultura: a portuguesa.
As ilhas, que distam a poucos minutos de autocarro da cidade não são exceção, estando repletas de templos, edifícios históricos, miradouros e restaurantes de cozinha chinesa, macaense, portuguesa e tailandesa. Existe uma vida noturna intensa e os apreciadores de corridas de cavalos estão como “peixes na água”.
Coloane, outrora um esconderijo de piratas prontos a pilhar os navios, transformou-se num espaço campestre perfeitamente apetrechado para a realização de desportos aquáticos, pedestres e outras alternativas de lazer em família.
Se mal se ouve falar português fora da administração, muitas são as formas de não deixar morrer um povo e uma cultura completamente arreigados na natureza dos macaenses. E todas estas disposições coabitam com exemplar harmonia em Macau, sem admirações nem desconfianças, porque cada um sabe quem é, vive as suas tradições e respeita o ser e os costumes dos outros.
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Comentários ( 1 ) recentes
- Sophia
14-06-2014 às 06:32:43Que povo esplêndido! Macau realmente é um destino de viagem que vale muito a pena!
¬ Responder
Cumprimentos,
Sophia