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Castro Verde – o dourado da planície alentejana

Categoria: Viagens
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Comentários: 1
Castro Verde – o dourado da planície alentejana

Dotada de um interessante património e de uma calma e uma luminosidade singulares, a vila de Castro Verde tem revelado interesse num turismo de cultura e ambiente, ou não fossem as paisagens uma das suas principais atracções.

Castro Verde é uma típica vila alentejana à qual nem os “compadres” sentados à conversa faltam. Paralelamente, a arte pública e as esculturas patentes nas rotundas dão bem conta do valor que esta vila confere às suas actividades e tradições. Alguns destes motivos referem-se a monumentos evocativos do ambiente rural, à feira suína e à riqueza do subsolo.

O Largo da Feira, próximo da rotunda alusiva à feira porcina, acolhe uma das razões de orgulho de Castro Verde: o moinho de vento, recuperado há poucos anos. Trata-se de um moinho de torre que “ressuscitou” volvidos 60 anos. Na actualidade, tem um moleiro residente e vai moendo sempre que o vento e a disponibilidade humana o fautorizem.

O património natural pode ser contemplado com a ajuda de um vasto leque de actividades didácticas e percursos temáticos na zona de protecção especial para aves de Castro Verde. De facto, a preocupação pelos assuntos ambientais é uma realidade materializada na criação do Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho (CEAVG).

A Basílica Real de Nossa Senhora, na Praça do Município, é absolutamente marcante no panorama do núcleo urbano da vila. No interior deste templo, o destaque vai para os magníficos retábulos de azulejos do século xviii que retratam a batalha de Ourique, também avocada num outro monumento perto da basílica. Algumas das peças mais importantes de arte sacra do concelho (como a cabeça relicário de São Fabião) encontram-se nesta basílica, cuja custódia integra também este rol.

A gastronomia e o artesanato são outros aspectos de preservação das tradições castrenses e, portanto, boas vias para conhecer a cultura deste povo. Há de tudo, desde tecedeiras a produzir mantas de lã, a ceramistas que continuam a dar manualmente formas e cor ao barro, e a valores intemporais. E é claro que não podiam faltar os costumeiros cantos alentejanos. Estes cantos, outrora associados ao trabalho, são agora mais de lazer e de convívio, mas, acima de tudo, de afirmação cultural. O canto alentejano leva o Alentejo a todo o lado onde seja entoado, com aquela voz e aquela postura que transportam aquém e além fronteiras as cores de um Alentejo profunda e definitivamente entranhado na alma de quem nele nasce. E que tal vir sentir o pulsar desta paixão pela terra alentejana ao vivo?


Maria Bijóias

Título: Castro Verde – o dourado da planície alentejana

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • SophiaSophia

    13-06-2014 às 17:22:42

    Adoro os trabalhos artesanais, provavelmente, iria gostar muito de conhecer Castro Verde. Além de toda sua beleza natural e suas mais ricas culturas!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

Comentários - Castro Verde – o dourado da planície alentejana

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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