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Castelo Novo – Fonte da Gardunha

Categoria: Viagens
Comentários: 2
Castelo Novo – Fonte da Gardunha

Castelo Novo é uma aldeia histórica, com casas de pedra, limpas e decoradas com sardinheiras e parapeitos, bem ao jeito da Beira Baixa. Situada entre o Fundão e Castelo Branco, na meia-encosta leste da serra da Gardunha, a 703 metros de altitude, entre as ribeiras de Alpreada e Gualdim, é detentora do Chafariz da Bica, monumento barroco, rematado por uma cruz latina biselada e com a pedra de armas de D. João V. O chafariz possui também uma escadaria de acesso e bancos de granito. O posto de turismo fica situado no mesmo largo que alberga o chafariz e é o sítio ideal para solicitar informações e/ou pedir uma visita guiada pela aldeia.

Na Rua da Irmandade da Misericórdia encontramos a igreja da Misericórdia, construída no século xvii, com nítida influência maneirista. No interior do templo é possível deleitar-se com um conjunto de pintura do mestre Barata Moura, nascido na terra em 1910.

As casas senhoriais das famílias nobres da região, as ruas estreitas e calmas e a paisagem dominada pela pedra granítica, formam um cenário deslumbrante, onde vivem somente 380 habitantes. Portanto, quem estiver cansado de correrias e engarrafamentos tem aqui uma possibilidade de ouro de aproveitar toda a calmia e riqueza de Castelo Novo.

A igreja matriz, ou de Nossa Senhora da Graça, embora remonte ao período medieval, foi totalmente remodelada no século xviii e exibe no interior elementos representativos do barroco.

Nas imediações da igreja encontram-se as ruínas do castelo, construído no reinado de D. Sancho I. A torre de menagem e partes da muralha subsistiram ao terramoto de 1755, sendo que a formação inicial do castelo, que data do século xii, ficou bastante danificada. Assim, foi-lhe dado o nome de “novo”, já que ali perto havia outro castelo que, não oferecendo boas condições para a defesa do local, foi abandonado. A denominação «Castelo Novo» vem daqui mesmo, desenvolvendo-se a povoação em torno dele, numa malha urbana tipicamente medieval.

O Largo do Município ostenta o edifício quinhentista dos antigos Paços do Concelho e o Núcleo Museológico de Castelo Novo, composto por algumas peças de numismática e de cerâmica encontradas em escavações arqueológicas junto ao castelo. Em frente, ergue-se o Pelourinho manuelino e na fachada da Casa da Câmara pode visualizar-se o Chafariz de D. João V, de estilo barroco.

As «Águas do Alardo» nascem no limite oeste da localidade, na vertente da serra, enquanto a Lagariça, um enorme lagar cortado na rocha, onde durante séculos se pisaram as uvas que deram o vinho para os habitantes da aldeia, evoca os tempos de vivência em comum da população.

No primeiro fim-de-semana de Setembro realiza-se em Castelo Novo a festa de Nossa Senhora da Misericórdia, mas qualquer altura é boa para uma visita…


Maria Bijóias

Título: Castelo Novo – Fonte da Gardunha

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoDenis

    11-05-2014 às 01:51:00

    Meu caro, essa foto é de Fundão, no Brasil, não em Portugal.

    ¬ Responder
  • SophiaSophia

    23-05-2014 às 16:41:50

    A Rua Direita agradece pela observação e informa que a foto já foi corrigida.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

Comentários - Castelo Novo – Fonte da Gardunha

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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