À descoberta da Namíbia
O território foi visitado pela primeira vez por Diogo Cão, em 1485 e, um ano mais tarde, por Bartolomeu Dias, ambos navegadores portugueses. No entanto, o território nunca foi reclamado pela coroa portuguesa – apesar de os padrões portugueses por lá terem ficado, assinalando os locais de chegada dos portugueses. A região foi posteriormente administrada pela Alemanha até à Primeira Guerra Mundial (motivo pelo qual a toponímia local mistura étimos nativos com germânicos – como Windhoek, a capital). Anexada à África do Sul, a Namíbia só viria a conquistar a independência definitiva em 1990, vivendo desde então num clima de democracia, esporadicamente beliscado por contendas internas.
Com um milhão e meio de habitantes, este país possui uma densidade demográfica diminuta (apenas 2,2 habitantes por quilómetro quadrado), isto apesar da elevada taxa de natalidade que, no entanto, é combatida pelo elevado número de seropositivos, bem como pela significativa taxa de mortalidade infantil e por uma esperança média de vida de somente 39 anos. Fala-se, oficialmente, o inglês, a par do alemão e do afrikaans e de inúmeras línguas autóctones. A economia assenta basicamente na exploração de jazidas minerais, como o urânio, e no turismo, atraindo visitantes de todo o mundo, ávidos por conhecerem um país tão rico em contrastes como a Namíbia. Finalmente, a religião é a cristã (abrange cerca de 80% da população), sendo que 50% é luterana, por influência da ocupação alemã.
Os locais mais pitorescos que poderão ser visitados são a Costa dos Esqueletos, território desoladoramente inóspito que deve o seu nome às terríveis (se não inexistentes) condições de sobrevivência que, impostas aos náufragos que conseguiam alcançar a costa namibiana, apenas serviam para adiar um pouco mais a morte. No Parque de Etosha, o turista poderá contemplar manadas de zebras, girafas e elefantes, num colorido vibrante, recheado de sons enigmáticos e de cheiros quentes. A fauna é diversificada e alguns animais acabaram por adaptar-se às extremas condições do deserto do Namibe: coelhos e raposas ostentam orelhas maiores do que o normal, para dispersar o calor, e escaravelhos aproveitam a inclinação das suas pequenas carapaças para receberem nas suas bocas o escasso orvalho acumulado durante as manhãs de nevoeiro. Finalmente e após uma viagem extenuante através do deserto, em que dunas foram vencidas graças a muita persistência, é possível alcançar-se a capital, Windhoek (pronunciado «vinduk») e, aí, descansar num dos muitos e belíssimos hotéis que, quais oásis no meio do deserto, oferecem ao viajante todos os ingredientes para relaxar e recuperar de tal odisseia.
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Comentários ( 1 ) recentes
- Sophia
14-06-2014 às 21:22:12Infelizmente, Namíbia possui esse histórico, mas o que podemos destacar é seu estilo exótico e original.
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Cumprimentos,
Sophia