Desabafo de uma cidadã inconformada
Dias atrás fui assaltada, não levaram meu celular, tablet ou carteira, levaram algo que vai levar anos para mim ter de volta, algo que faz com que cada vez que me olho no espelho, me faz lembrar dessa invasão, pois sim roubaram meu cabelo.
Os olhares de todos estão focados na crise governamental que está acontecendo lá em Brasília e se esquecendo que por aqui a vida continua, a segurança, a educação, a saúde e muitas outras necessidades básicas foram colocadas em segundo plano, e acontece que quem sofre é o povo.
Me pergunto se todos voltassem para ver ao seu redor o que está acontecendo, eu não teria sido poupada dessa situação horrível. Fui drogada, roubada, e ainda tenho pesadelos com a hora que percebi que meu cabelo já não estava mais lá, porque independente do motivo do roubo, seja para comprar drogas ou leite para um filho faminto, isso diz muito para onde tudo está se encaminhando, sim acredito que a situação está tão grave que em breve seremos uns contra os outros na busca pela sobrevivência, mas nada justifica a perda da integridade, da moral e dos bons costumes, e principal a perda de respeito pelo próximo, ainda mais quando o mesmo se encontra vulnerável.
Mas antes de me render ao inconformismo, ouso tentar mais um pouco, ouso apelar para os que ainda tem um coração honrado e bom para que olhe ao redor tente fazer algo para melhorar a situação do pequeno espaço em que vive, pois como disse Steve Jobs “Os loucos que acham que podem mudar o mundo, são os que efetivamente o fazem”.
Não estou falando em pessoas indo às ruas, ou se reunindo para discutir a política, estou dizendo que se cada um conseguir fazer a sua parte sem tentar puxar o tapete do outro, nossa situação seria diferente e estaríamos olhando para um quadro mais suave em vez dessa mistura confusa de brigas, roubos, mortes, ameaças, corrupção e mentiras.
Sejamos realistas, o povo está assustado, acredito que muitos já chegaram na casa do desespero, mas se todos perderem a razão e esquecerem o bom senso, pense onde que vamos parar? Como nação, como povo, como família, como pessoas? Que tipo de valores ensinaremos, ou acreditaremos? Sim quero que cada um se questione, e pare de olhar tão longe e passe a agir em favor do que ainda está ao seu alcance.
Comentários ( 1 ) recentes
- claudia
22-04-2016 às 10:50:39gostei do texto e é bom poder desabafar de vez em quando .
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