Ser Doador de Medula Óssea
Compreender o processo e a sua importância é fundamental enquanto cidadão, mas acima de tudo enquanto Ser Humano. Hoje podemos dar, amanhã quem sabe receber.
Se ainda tem dúvidas, esclareça algumas por aqui.
Em primeiro lugar, saiba o que é a medula óssea. A medula óssea preenche os ossos e as cavidades esponjosas dos mesmos. É um tecido mole onde existem células com uma extraordinária capacidade de dar origem a outras células do sangue periférico. Em suma, este tecido diferencia-se de forma única e diferente com células diferentes de todos os outros e que tem a capacidade de se transformar em outras células que sejam necessárias. São também conhecidas por células estaminais, tantas vezes faladas. As células renovam-se frequentemente, equilibrando permanentemente os mesmos níveis.
Conhecida por transfusão, esta operação é geneticamente conhecida por transplantação e consiste em implantar as células da medula do dador no doente.
Estas células saudáveis vão substituir as células doentes do paciente.
Por se tratarem de células que se regeneram rapidamente, existe a possibilidade de se ser dador durante uma vida (dentro dos limites de idades impostos).
Muitas vezes não nos apercebemos da importância de se ser dador de medula óssea. Este pequeno gesto pode salvar vidas. Doenças graves e mortais podem ser curadas com esta transplantação. A leucemia é uma dessas doenças e pode afetar crianças, adultos e idosos.
As compatibilidades começam por ser estudadas entre familiares diretos como os irmãos, devido às características tecidulares paternas e maternas. Só na eventualidade de não existir compatibilidade entre familiares é que se dá lugar à esperança de encontrar um dador nos bancos de voluntários.
Ser dador é simples. Em Portugal basta ter entre 18 e 45 anos, não ter nenhuma doença crónica e ser saudável. Para se voluntariar, desloque-se a um centro de recolha (Centro de Dadores). Irá preencher os devidos impressos e dar sangue como se fosse fazer umas simples analise clinicas. O processo é rápido e sem quaisquer efeitos secundários.
Na eventualidade de ser identificado um dador, este será informado. Ao aceitar, o voluntário autorizará a continuidade do processo.
Serão então feitos testes adicionais de compatibilidade e são esclarecidas todas as dúvidas.
Ao chegar a fase de transplantação, existem 2 processos que podem acontecer.
Na primeira, as células são feitas através do interior dos ossos pélvicos, o que requer uma anestesia geral e breve internamento – Colheita a partir da medula óssea.
No segundo caso – Colheita de células progenitoras periféricas – a colheita é feita no sangue periférico através de um processo de nome aférese. Aqui o dador toma um medicamento que faz aumentar o processo de crescimento de células progenitoras.
Mais importante que tudo, estará a salvar uma vida e é com isso que viverá toda a sua vida.
Comentários ( 1 ) recentes
- Juliana Marques
03-07-2012 às 10:15:46Obrigado pelas informações, mas gostaria de pedir uma outra, o dador sente dor enquanto lhe é feita a colheita?
¬ Responder
Obrigada