Selecção de embriões
Este método, aprovado em Portugal, em 2006, pela Comissão Parlamentar da Saúde, previne, através da seleção do sexo bébé, a ocorrência de doenças degenerativas, predominantes na família e características do sexo “excluído”, como é o caso das Amiloidoses (um dos quatro tipos principais é a vulgarmente conhecida “Doença dos Pézinhos”), a distrofia de Duchenne e a Hemofilia, que afetam maioritariamente os indivíduos do sexo masculino.
Após a fertilização in vitro, as substâncias libertadas no espaço onde se dá o desenvolvimento dos embriões, após cerca de três dias de formação, são analisadas em busca dos cromossomas malditos, previamente delineados após a elaboração do mapa genético dos pais e do historial de doenças predominantes, no seio da família, ao longo de várias gerações. Como o embrião mais saudável é implantado na mulher cerca de 5 dias após a fusão das células mãe-pai, este processo não afeta o decorrer normal de gestação.
O cancro, a distrofia muscular progressiva, as síndromes de Patau, Edwards, Down e a de Turnner, a fibrose quística (na qual é raro o sujeito viver além dos 30 anos) e a doença de Huntington, são outros exemplos de males que ceifam vidas tenras e as privam o seu pleno uso, e que podem ser despistadas pelo DGPI. Neste caso, a seleção do embrião não é efetuada em função do seu sexo, mas limitada apenas à sua composição cromossomática.
Se pudesse escolher entre proporcionar o mínimo de qualidade de vida ao seu filho ou vê-lo viver em sofrimento e incapacitado, o que faria? Selecionava o embrião mais capaz ou arriscava dar vida a um ser, que ia conhecer as raízes do sofrimento, sem usufruir dos frutos das suas realizações? Em norme do amor, o que faria?