Quantas vezes ouvimos a expressão – Arranjar sarna para se coçar. Pois o ato de coçar é o que mais acompanha a Sarna.

A sarna é uma infeção cutânea causada por um parasita. Também conhecida por escabiose, a Sarna é uma doença da pele, contagiosa entre seres humanos e animais.

O “bichinho” causador da sarna é um pequeno inseto de pequeníssimas dimensões da família dos aracnídeos, como as carraças ou os ácaros de nome Sarcoptas. Com um aspeto oval e de 4 patas o causador da infeção tem uma cor acastanhada.

A pele humana tem as condições ideias para a sobrevivência e desenvolvimento do parasita. Este consegue, sem que nos possamos aperceber disso, infiltrar-se na nossa pele, onde a fêmea deposita ovos. Aproximadamente 10 dias depois, estes pequenos ovos dão origem a novos parasitas. A contaminação é inevitável e a propagação começa a ser descontrolada por esta altura.

A pele, por esta altura, já mostra sinais da infeção. Zona vermelha, e pequenas borbulhinhas e uma comichão imensa são apenas algumas das características desta infeção. O prurido aumenta durante a noite, altura em que o corpo está mais quente (a temperatura do corpo é maior quando estamos a dormir). Como qualquer zona da pele que se encontra infetada, se se coçar, o prurido aumenta e as escoriações e feridas ou crostas aparecem.

A Sarna é uma doença cutânea transmissível, quer pelo contato permanente com a pele infetada, ou até mesmo através de roupas, pelo que a sua propagação pode ser perigosa. Escolas, por exemplo são um alvo perfeito para a Sarna. O descuido das crianças e as suas inocentes brincadeiras, levam a uma propagação rápida e perigosa. O alerta deverá ser dado de imediato, logo no primeiro caso e o tratamento deverá ser feito com preceito.

As lesões causadas pelo parasita atingem normalmente as axilas, as virilhas, os espaços entre os dedos, umbigo, dobras dos braços e pernas e zonas genitais. No entanto qualquer zona do corpo pode ser afetada (costas, barriga, membros inferiores ou superiores).

O tratamento deve ser acompanhado por um médico. Poderá ser basicamente o uso de sabonetes específicos e de cremes em todo o corpo (mesmo nas zonas que não estão infetadas), mas também poderá ser necessário um tratamento por via oral.

As roupas deverão ser mudadas diariamente e lavadas com água quente e o contato com as outras pessoas deverá ser cuidadoso. Atenção especial, naturalmente à higiene.