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Hikikomoris: o isolamento como doença

Categoria: Saúde
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Comentários: 4
Hikikomoris: o isolamento como doença

Para a maioria dos adolescentes e jovens, o quarto representa a sua fortaleza, o seu templo, a sua masmorra, o seu esconderijo, o seu refúgio mais seguro, onde ficam a ouvir música sem interrupções, a falar ao telemóvel, a navegar na Net, a ler, a escrever ou, simplesmente, a sonhar. Isto é comum e nada tem de nocivo se apenas fizer parte de um natural processo de crescimento. Todavia, quando essa permanência é demasiado prolongada, por meses ou mesmo largos anos, com evidente recusa em sair de casa, e se delineiam na perfeição os contornos de uma fuga que tem por base um medo ou um conjunto de medos, então já existe matéria consistente para preocupação legítima.

Estes “eremitas” modernos podem ser vítimas dos costumes do próprio país. No Japão, por exemplo, este fenómeno tem assumido dimensões assustadoras, provavelmente por se tratar de uma nação onde os jovens sofrem imensa pressão para apresentarem os melhores resultados nos estudos e para se adaptarem irrepreensivelmente às normas do trabalho e da sociedade. Os hikikomoris (que significa “reclusos” ou “isolados da sociedade”) são aqueles que, não aguentando a pressão, optam por “desaparecer” para não ter de competir com os outros, porventura mais capazes. Da mesma maneira, conservam as suas angústias só para si, porque a expressão dos sentimentos é muito mal vista entre os japoneses. Não obstante, ainda que este problema seja por demais manifesto no Japão, talvez por não haver aí espaço para diferenças em virtude da inflexibilidade dos seus hábitos, ele não deixa de ser uma realidade em muitos outros países.

Os hikikomoris costumam passar a noite acordados, uma vez que passam o dia quase todo a dormir, com o propósito de não terem contacto com as outras pessoas da casa. Gastam o tempo de vigília a ver televisão, a jogar no computador ou na consola, e noutras actividades que nada têm a ver com escola ou ocupação laboral.

Saem estrategicamente de madrugada para idas relâmpago a lojas de conveniência fazer algumas compras mais urgentes. O contacto social é restrito a relacionamentos virtuais com quem não conhecem. Alguns padecem de enfermidades paralelas, como depressão, fobia social e esquizofrenia, mas o grosso destes doentes não manifesta sinais de desordem psíquica nem neurológica. Eles pretendem, tão-somente, isolar-se do mundo.

Os pais, que os “escondem”, preferem sustentá-los a admitir que têm um filho que destoa dos padrões tidos como desejáveis ou normais, contribuindo, deste modo, para a reclusão daqueles que deviam ajudar a libertar. A vergonha e a humilhação que sentem e a sua própria incapacidade de lidar com a pressão social levam-nos a não tomar qualquer atitude no que se refere à dificuldade dos filhos. Contudo, uma sociedade que abandona os fracos e valoriza unicamente os fortes não pode ser apelidada de tal… O vazio, o medo, a solidão e a pressão social são monstros avassaladores que destroem o ser humano no íntimo, no corpo e na alma!



Maria Bijóias

Título: Hikikomoris: o isolamento como doença

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 4 )    recentes

  • Luene ZarcoLuene

    22-07-2014 às 20:55:57

    Os hikikomoris necessitam de um acompanhamento. Por vezes, uma vez ou outra é aceitável, mas quando já é algo feito com a decisão de ficar isolado de outros, torna-se preocupante. Acaba que vira rotina, sem a pessoa nem perceber que está se afastando do convívio social.

    ¬ Responder
  • Renata

    13-01-2013 às 17:31:37

    Muito obrigada por ter escrito esse artigo , minha filha que vai fazer 16 anos daqui as algumas semanas faz exatamente o que esta escrito no arquivo a situacao esta ficando cada vez pior e ela se recusa a ter qualquer tipo de contato com as pessoas da casa , desde que ela entrou de ferias na escola em Dezembro 2012 eu posso contar nos dedos as vezes que ela saiu da casa, NAO SEI MAIS O QUE fazer gostaria de saber qual o melhor tratamento por favor ajude .
    Obrigada

    ¬ Responder
  • iaraiara

    26-09-2011 às 21:57:14

    Gostaria demais que me informasse o que está sendo feito para tratar esses jovens. Há tratamento? Qual? Está dando resultado?. Tenho uma pessoa da familia que se trata com antidepressivo, mas há anos não sai de casa. Aguardo sua orientação. Muito obrigada. [email protected]

    ¬ Responder
  • Ellen ChristineEllen Christine

    22-08-2011 às 00:08:46

    Muito obrigado isso me ajudou a descobrir o que eu tenho e qual seria solução para este problema de me sentir primida pelas pessoas?

    ¬ Responder

Comentários - Hikikomoris: o isolamento como doença

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Secretária em vidro

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Tema: Mobiliário
Secretária em vidro\"Rua
A maior parte das casas tem um escritório para fazer os trabalhos relativos Á profissão ou outros. È uma divisão extremamente necessária para as pessoas se recolherem a trabalhar. Por isso o escritório deve ser um local com conforto e agradável. O ambiente torna-se extremamente importante para o recolhimento necessário e a concentração que certos trabalhos exigem. Se não se tiver no local de trabalho tem de construir-se em casa.

Em todas as profissões é útil ter uma secretária para colocar um computador portátil. Livros e outros acessórios. É uma peça de mobiliário que não se dispensa de forma nenhuma. Desde sempre que foi indispensável na escola, no escritório, na empresa. A sua funcionalidade é como a do computador que praticamente não se dispensa. Para onde se vá leva-se o computador portátil a servir de complemento.

No que diz respeito à secretária ela exige um bom material e design bonito. E de facto há secretárias muito belas desde o seu modelo ao material e design. Por exemplo uma secretária em vidro fica muito bem num escritório amplo de uma vivenda ou numa empresa particular bem decorada. Pode colocar-se também num pequeno escritório de um apartamento ou numa sala especial e decorada a gosto. Há quem prefira ter uma secretária num espaço pequeno especificamente para trabalho. Deste modo concentra-se mais nele e não pensa no que tem para fazer em casa. Ou seja, dá mais prioridade ao que eventualmente tenha que fazer numa secretária. Para além de ajudar a decorar e embelezar o espaço onde se coloca dá um certo ar de charme e gramou num ambiente. Se este for decorado com objectos bonitos de decoração e uma estante para livros dá um ar mais intelectual ao ambiente. Deste modo mais propício para o recolhimento.

Não é por acaso que muita gente prefere o seu escritório para passar as horas que dispõe no seu quotidiano ou fins – de - semana. É um local propício a pensar mais nos projectos, no trabalho e nos encargos da vida. Deste modo cada divisão da casa tem uma funcionalidade diferente e um ar distinto dos restantes.

Não quer dizer que uma secretária em vidro não fique adaptada noutro local que não seja para o trabalho de estudantes ou outros, ela pode ainda adaptar-se para embelezar ou harmonizar espaços que estejam por preencher numa casa maior ou outro local. Sem dúvida que a secretária em vidro não vai deixar mal nenhum espaço onde se coloque.

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Teresa Maria Batista Gil

Título:Secretária em vidro

Autor:Teresa Maria Gil(todos os textos)

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    20-04-2014 às 15:52:38

    Fantástico texto! A Rua Direita agradece!

    ¬ Responder

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