Gravidez: enjoos matinais
Pois é, nem tudo são rosas e mulheres há que, a somar à fadiga, revelam também sintomas como náuseas e vómitos (muitas vezes incontroláveis). Estes sintomas, que surgem com maior violência no período da manhã, não se prolongam para além dos três, quatro meses de gestação e, se se verificarem após este período, é aconselhável visitar o seu médico, pois pode ser um sinal de que nem tudo está bem.
E por que razão surgem estes malfadados? Dentro da comunidade científica existem algumas teorias, entre as quais se encontra a que aponta os enjoos como uma reação natural do organismo à presença do bebé no útero materno. O organismo feminino reduz a capacidade do seu sistema imunitário e, ao baixar as suas defesas, está a contribuir para a não agressão ao bebé, que, quer queiramos, quer não, é percebido como um corpo estranho pelo organismo.
Apesar de esta teoria sugerir alguma rejeição por parte da mãe, a verdade é totalmente oposta: de facto, as mulheres que sofrem de enjoos podem considerar-se felizardas (no meio de tantos vómitos), pois o seu corpo está a funcionar corretamente e a proteger o bebé de toxinas exteriores. Esta teoria, por sua vez, vem complementar a outra e apresenta a hormona Gonadotropina Humana Coriónica (hCG) como a grande responsável pela proteção do bebé relativamente às toxinas (presentes em alimentos como a carne, por exemplo) que poderiam, em último caso, provocar um aborto espontâneo. Esta hormona está mais presente no organismo durante os três primeiros meses de gestação (altura em que o embrião/feto se encontra numa fase de maior fragilidade e em que os órgãos principais se formam) e são os seus efeitos secundários que provocam os famosos vómitos. Como facto curioso, verifica-se que, nas culturas onde é mais usual a ingestão de cereais, as mulheres grávidas enjoam menos.
Pois é, os enjoos matinais são necessários e pode considerá-los uma bênção – por muito estranho que isto soe!