Estará para breve a cura do cancro?
Carl June, o cientista responsável da Universidade da Pensilvânia, que desenvolveu a terapia de CART Cells, para tratamento da Leucemia linfoblástica aguda, falou sobre esta técnica revolucionária, que poderá ser a esperança no tratamento do cancro em geral. A técnica envolve retirar células da pessoa diagnosticada com este tipo de leucemia, e a quem a medicina tradicional, através dos seus tratamentos de quimioterapia, retirou toda a esperança, e manipulá-las de modo a que elas consigam eliminar as células malignas, e deste modo, reabilitar a pessoa do seu tumor.
Esta técnica, aplicada como ensaio a algumas pessoas que tinham toda a esperança de cura perdida, quase as matou. Quase. Porque em boa verdade, depois da má reação do corpo a esta intromissão das novas células, o que é certo é que as novas células guerreiras derrubaram de facto o tumor, e as pessoas sobreviveram, sem réstias de células malignas. Milagrosamente, quase se diria. Mas Carl June tinha uma boa explicação para este facto: ele que é um imunologista que se dedicou ao estudo do HIV, diz que tanto no HIV, como no cancro, o maior problema é a falência do sistema imunitário. Sendo assim, era necessário modificar geneticamente as células, para as tornar em “células assassinas” das chamadas “células más”. Carl June diz que o trabalho dos seus investigadores mostrou que é possível corrigir ou consertar o sistema imunitário.
A Novartis tornou-se então parceira do estudo da Universidade da Pensilvânia, e Leipzig, na Alemanha, tem sido a capital europeia deste novo tratamento na área das terapias celulares. Este centro tem recebido muitos pedidos de tratamento, de todas as partes do mundo, para doentes que já esgotaram as suas hipóteses com os tratamentos convencionais. No entanto, estes tratamentos são muito caros.
Portanto, segundo Carl June, a ser possível melhorar esta técnica celular, de modo a que as reações do corpo não sejam tão danosas a ponto, de quase matarem os pacientes, a ser possível diminuir os seus custos, e a ser possível aplicá-la globalmente a todos os tipos de cancro, teremos possivelmente o tratamento mais eficaz para esta doença que causa tanto sofrimento e uma elevada taxa de mortalidade.